Após socorro às aéreas, empresas de outros setores batem à porta de Guedes

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem a agenda lotada nesta sexta-feira, 20, por reuniões virtuais com executivos de grandes empresas brasileiras. Na pauta, os efeitos da pandemia Covid-19, causada pelo novo coronavírus, nos mais diversos setores da economia brasileira, e pedidos de socorro.

A primeira teleconferência, às 11h, é com o presidente da rede Accor de hotéis, Patrick Mendes. O setor de turismo, das agências de viagem às companhias aéreas, passando pelos hotéis, está sendo o primeiro a sentir os efeitos negativos do surto do novo coronavírus – que, mais cedo ou mais tarde, vão atingir todas as empresas. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, 90% das reservas nos 30.000 estabelecimentos de viagem do país até junho já foram canceladas.

O setor pede ao governo que pague, usando verbas do seguro-desemprego, parte dos salários de 90% dos seus 380.000 funcionários no país pelos próximos três meses. Nesse período, a administração federal bancaria 70% dos salários, até o máximo de 1.450 reais, e os empregadores ficariam com os 30% restantes, mantendo o vínculo com os trabalhadores. O custo para os cofres públicos seria de cerca de 1 bilhão de reais. A pressão dos demais elos da cadeia cresceu após o governo anunciar na quarta-feira, 18, um pacote de socorro financeiro às empresas aéreas.

Depois, ao meio-dia, é a vez do presidente do conselho de administração da produtora de açúcar e etanol Cosan, Rubens Ometto. Para as usinas, o grande problema é a queda de 54% do preço do petróleo neste ano pelas desavenças entre a Árábia Saudita e a Rússia, grandes produtores, e pela expectativa de desaceleração global devido à pandemia.

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O barril do tipo Brent está cotado atualmente em 30 dólares. Se a Petrobras repassar essa baixa para a gasolina, o etanol não vai conseguir competir.

Às 16h, a conversa é com Lorival Luz, presidente da processadora de alimentos BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão. Segundo EXAME apurou, quem solicitou a reunião foi a empresa, que quer dar sugestões de medidas para o enfrentamento da covid-19 e de um plano de contingência para garantir o abastecimento de alimentos no país enquanto durar o surto.

Em meio ao processo de reconstrução de uma cadeia de produção complexa após uma séria crise de administração e financeira que poderia ter quebrado a empresa, a BRF quer usar o aprendizado dos tempos duros para ajudar nos esforços de amortecimento da crise econômica e social que certamente virá.

O último interlocutor da lista é Rodrigo Abreu, presidente da operadora de telefonia Oi. Enquanto a Claro, a Vivo e a TIM aproveitam a maior demanda por serviços de comunicação que o isolamento social já está causando para tentar ganhar mercado, a Oi luta pela sobrevivência.

Em recuperação judicial desde 2016 e atrasada na renovação da sua rede de internet banda larga em relação às concorrentes, a Oi precisa vender ativos e conquistar novos clientes para sair do buraco. O novo coronavírus pode ser o tiro de misericórdia na empresa que nasceu para ser a supertele brasileira.

Demorou pouco, no meio de um furacão, para o liberal Guedes deixar de lado os dogmas da Universidade de Chicago e dar a mãozinha do estado para empresas em dificuldades. Começou pelas aéreas. É impossível dizer aonde vai terminar.

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