Neste sábado (20), o Santos Futebol Clube anunciou que o sócio e conselheiro Adilson Durante Filho pediu renúncia de suas funções na agremiação e afastamento definitivo do quadro associativo do clube após ter um áudio com declarações racistas vazado nas redes sociais. O caso gerou muita revolta dentro e fora do clube.
Durante Filho, que também era secretário-adjunto de Turismo na cidade do litoral paulista, fez diversos comentários racistas em um áudio gravado há três anos durante conversa em um grupo de uma torcida independente do clube. “Aqui a gente está entre amigos. Sempre que tiver um pardo, o pardo o quê que é? Não é aquele negão, né?, mas também não é o branquinho. É o moreninho da cor dele. Esses caras… você tem que desconfiar de todos, de todos que tu conhecer. Essa cor é uma mistura, é, duma raça que não tem caráter. É verdade, isso é estudo”, disse.
Ele ainda afirma que “todo pardo, mulato, tem que tomar cuidado. É tipo para índio, tipo chileno, essas p***. Tô dizendo o mulato brasileiro, entendeu? Os pardos brasileiros. São todos mau-caráter. Não tem um que não seja.”
A publicação das gravações levou o conselho deliberativo e a torcida do clube a pedirem o afastamento de Durante Filho. O Santos também publicou uma nota de repúdio.
Em nota, Adilson Durante Filho pediu“desculpas a todos que se sentiram ofendidos”. Ele afirmou ter se tratado de “um momento de infelicidade, onde foi levado pela emoção” e diz “não ter preconceito de cor, raça ou credo”. Ele também pediu exoneração de seu cargo na prefeitura na última sexta (19).
Confira a nota publicada pelo Santos Futebol Clube:
(Com informações de Estadão Conteúdo)