Aos poucos, aéreas passam a aumentar frequência de voos no país

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As companhias aéreas, aos poucos, estão aumentando a frequência de voos domésticos no Brasil. O setor foi um dos primeiros a sentir a crise do coronavírus e teve diminuição de frequência de pousos de decolagens caíssem até 90% em março e abril. Na última quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro incluiu o transporte interestadual e internacional de passageiros como uma das atividades essenciais. Ou seja, mesmo que governadores ou prefeitos baixarem decretos de distanciamento social para barrar setores, os serviços inclusos na lista da União podem seguir em funcionamento.

Nesta quinta-feira, 1º, a Gol anunciou que irá retomar a partir do dia 3 a operações da ponte aérea Rio-São Paulo, com voos entre os aeroportos Santos Dumont (RJ) e Congonhas (SP). Desde 28 de março, a companhia havia suspenso voos saídos de Congonhas, operando apenas no Aeroporto Internacional de Guarulhos para saídas em São Paulo e do Galeão, no Rio. Desde o dia 23 de abril, a Azul vem aumentando a oferta de voos para todo o país.

Com a expectativa de leve aumento da demanda, a empresa expande suas operações na região de maior densidade populacional do Brasil, o Sudeste, criando rotas complementares à malha tradicional. Temporariamente suspensa durante a pandemia da Covid-19, a ponte-aérea Santos Dumont-Congonhas terá voos que vão proporcionar comodidade àqueles que precisam desembarcar em pontos mais centrais do Rio de Janeiro e de São Paulo”.  Os voos terão dois horários de ia de volta durante a semana e um aos domingos, este a partir de 24 de maio. Também haverá frequências para Brasília. No Santos Dumont, a companhia também irá ofertar voos para Vitória e Porto Alegre. 

Ao todo, serão 51 voos diários e outros 17 adicionais (a partir do dia 24) para todo o Brasil, ante o total de 50 do mês anterior. “A Gol entende que a agilidade para fazer movimentações que incrementam com cautela suas operações é necessária em momentos de estagnação como esse que o setor aéreo está vivendo, assim como a retração deve ser rapidamente implementada em períodos de baixa”, afirma. 

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A Azul, que até meados de abril voava para 25 destinos do Brasil, aumentou o atendimento em mais quatro cidades ( Boa Vista (RR), Santarém (PA), Altamira (PA) e Macapá (AP) e, em maio, irá adicionar outros 11 destinos (Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Marabá (PA) e Fortaleza (CE). Chapecó (SC), Teresina (PI), São José do Rio Preto (SP), Sinop (MT), Araçatuba e Bauru (SP). A empresa também mantém uma frequência semanal de voos internacionais para Lisboa, Fort Lauderdale e Orlando. 

Já na Latam, não há movimentação, por enquanto para aumento de voos em maio. A maior companhia aérea da América do Sul, informou que, assim como em abril, suspendeu todos os voos internacionais de passageiros. A empresa seguirá apenas com sua operação doméstica no Chile e no Brasil, onde a redução da oferta está em 95% em comparação ao período pré pandemia.No país, a companhia voa para 25 destinos. Os únicos voos internacionais mantidos são entre São Paulo e Miami e Santiago (Chile) e Miami, com três frequências diárias. 

 

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Impactos

Segundo dados da Iata, associação internacional de aviação, a pandemia de Covid-19 fez com que o movimento global de voos caísse 52,9% em março, em relação ao mesmo mês de 2019. Segundo a entidade, foi o pior resultado na história recente da aviação. No país, segundo a Abear, associação nacional do setor, a queda foi de 32,8%. 

Segundo dados da consultoria de aviação comercial Cirium, também mostram o cenário devastador. Em março, a pandemia fez com que as companhias aéreas estacionassem cerca de 15.200 aeronaves. O número, estarrecedor, refere-se a 58% da frota mundial. No Brasil, o cálculo é de que o número de passageiros de voos domésticos tenha recrudescido 85% em março em relação a igual período do ano anterior. A média de voos diários, por sua vez, caiu de 2.800 para 180. Na China, uma das principais potências mundiais, o número de voos comerciais programados para o mês de março caiu 58%, com suspensão ou remarcação de 153.328 decolagens.



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