Amazon lança assistente Alexa no Brasil e caixas de som Echo

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A Amazon deu mais um passo para se tornar mais presente no mercado brasileiro. A empresa iniciou na madrugada desta quinta-feira (3), a venda de seus primeiros produtos equipados com a assistente Alexa disponível em português brasileiro, como já havia antecipado o Olhar Digital.

São três dispositivos da Amazon que estão chegando ao mercado. Já nesta quinta-feira, a empresa começa a pré-venda do Echo Dot, uma caixa de som conectada que custa R$ 350 (ou R$ 250 como promoção no período de pré-venda), e o Echo Show 5, que faz as mesmas funções, mas conta também com uma telinha sensível ao toque de 5,5 polegadas para exibição de vídeo e realização de videochamadas, por exemplo, por R$ 600 (ou R$ 450 no período de pré-venda).

A Amazon também confirmou a chegada do Echo, uma outra caixa de som mais potente que o Echo Dot. Essa versão do produto só chega ao mercado em um dia ainda não especificado novembro, com o preço sugerido de R$ 700, ainda sem informação sobre um possível preço promocional de pré-venda.

As caixas de som são equipadas com Bluetooth, então você pode transmitir música do seu celular para os dispositivos, mas também contam com Wi-Fi, o que significa que é possível fazer streaming das faixas diretamente da nuvem. Os aparelhos são compatíveis com os serviços Amazon Music e Prime Music, da própria Amazon, mas também funcionam com outras plataformas como Deezer e Spotify. Por enquanto, não há suporte a Apple Music, Google Play Music ou YouTube Music. Outros serviços de áudio, como a plataforma de rádio online TuneIn, por exemplo, se integram à Alexa.

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Parte importante da experiência dessas caixas de som conectadas é a capacidade de funcionar em conjunto. Isso significa que se você tiver dois ou mais aparelhos na sua casa, é possível reproduzir o mesmo áudio em todos eles, ou apenas em algum grupo específico. Na prática, isso cria a possibilidade de criar um sistema de som multiambiente, no qual você pode andar pela sua casa sem deixar de escutar música, por exemplo.

Alexa, o cérebro

O que faz as novas caixas de som serem especiais, no entanto, é a integração com a assistente virtual Alexa com suporte ao português brasileiro, o que faz com que a Amazon seja a primeira entre as grandes empresas de tecnologia a lançar produtos equipados com uma assistente própria embutida. Google Assistente e Siri já estão por aqui há algum tempo, mas o Google nunca se deu ao trabalho de lançar o Google Home por aqui, e o mesmo vale para o HomePod da Apple.

A inteligência artificial da Amazon já estava em testes no Brasil há alguns meses, então sua chegada não é uma surpresa. O Olhar Digital inclusive chegou a testar uma versão preliminar da assistente em um dispositivo Echo em março deste ano, e em agosto havíamos noticiado de forma exclusiva o plano da empresa em realizar um lançamento formal em outubro.

Por meio de microfones equipados nos dispositivos, é possível dar vários comandos de voz para a assistente. Você pode gerenciar sua agenda, pedir para que a Alexa leia seus compromissos quando acorda, fale como está a previsão do tempo para o dia ou simplesmente pedir para ela tocar uma música do seu artista favorito.

Parte importante da assistente, no entanto, são as “Skills”, ou “Habilidades”, que permitem com que ela seja usada para interagir com outros serviços, possibilitando, por exemplo, que você fale “Alexa, peça um Uber para mim”, ou realize um pedido pelo iFood apenas por comandos de voz. Na prática, as skills são equivalentes a aplicativos, preparadas por desenvolvedores para funcionar com a Alexa.

A brasilidade da Alexa

Ricardo Garrido, gerente geral para Alexa no Brasil, conta ao Olhar Digital que houve um trabalho importante de localização da Alexa no Brasil ao longo desse período de testes. Ele diz que o modo como o brasileiro interage com esse tipo de tecnologia é diferente do resto do mundo; em outros lugares, espera-se que uma assistente virtual seja formal, enquanto o brasileiro prefere que ela seja informal, como uma amiga.

Isso se reflete na forma como ela responde aos comandos do usuário. Em vez de responder com um português formal, muitas vezes ela dá preferência por termos como “tá” em vez de “está” ou “pra” em vez de “para”. Da mesma forma, a Amazon criou o idioma “inglês brasileiro”, para que a assistente pronuncie nomes em inglês de uma forma natural aos nossos ouvidos. Então “smartphone” vira “ismartifone” no lugar de “smartfon”, como é a pronúncia nos Estados Unidos. O mesmo vale para outras palavras: “Aerosmith” (a banda) é dito como “Aérosmit” em vez de “Érosmif”. Na visão da empresa, fazer com que a Alexa pronunciasse esses termos como no exterior daria um tom pedante à assistente.

O esforço de tradução de uma inteligência artificial não é simples, e vai muito além de fazer uma simples correlação de termos. Afinal de contas, a estrutura da língua portuguesa é muito diferente do inglês. Um exemplo: o verbo “to play”, em inglês, pode estar vinculado a jogar um game, tocar uma música ou reproduzir um vídeo. Aqui, porém, nós temos palavras específicas para cada uma dessas ações: “jogar”, “tocar” ou “reproduzir”. Isso cria novas variáveis no algoritmo de compreensão do idioma.

Existem outras situações que são muito típicas do português que precisam ser adaptadas de uma forma mais profunda. Por exemplo: ao falar de “São Paulo”, é difícil para a inteligência artificial saber exatamente de qual “São Paulo” você está falando. Por isso, a máquina foi ensinada a distinguir as coisas: quando você fala “o São Paulo”, a Alexa entende que você estava falando do time de futebol; “em São Paulo”, e ela entende que é a capital paulista, e “o estado de São Paulo” para falar sobre o estado.

Também foram incluídas várias ações que só fazem sentido para um brasileiro. Se você falar para a Alexa as palavras “suave na nave”, ela vai responder “de boa na lagoa”. Peça para ela contar uma piada, e ela falará alguma brincadeira que não fará sentido em qualquer outro lugar do mundo. Peça uma imitação do Galvão Bueno ou do Silvio Santos, e ela falará algumas das frases marcantes destas personalidades, como “É tetra!” ou “Mah oe”.

Funciona com a Alexa

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A questão da caixa de som e todas as brincadeiras que a Alexa permite são uma parte do que ela representa. Como assistente virtual, ela se torna um ponto focal das casas conectadas, que são uma aposta grande da indústria de tecnologia para os próximos anos. É a ideia de fazer com que eletrodomésticos, lâmpadas, câmeras de segurança, roteadores e tantos outros equipamentos responderem e poderem ser configurados apenas por meio de comandos de voz.

Junto da Alexa e dos dispositivos Echo, a Amazon também está inaugurando uma área do seu site voltado para destacar produtos compatíveis com a Alexa. Isso inclui caixas de som de outras fabricantes, interruptores, tomadas, lâmpadas, televisores que usam a Alexa para responder a comandos de voz, com a assistente embutida internamente no aparelho, como é o caso de uma TV da LG que permite reconhecer comandos falados no controle remoto, ou uma TV da Sony, que responde a comandos da Alexa recebidos por meio de um outro aparelho, como uma caixa de som Echo. Outros aparelhos distintos também ainda estão por chegar.

A Amazon permite que o usuário crie o que chama de “Rotinas” para a Alexa. Com ela, é possível determinar uma série de ações ativadas em conjunto quando determinado comando é dado. Ao falar “Alexa, boa noite”, a assistente pode realizar uma série de ações como desligar as luzes da casa e começar a reproduzir sons relaxantes para o usuário pegar no sono mais fácil, por exemplo. São ações configuráveis e personalizáveis que podem fazer a casa funcionar de forma automática.

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Privacidade?

Uma questão chave que envolve todas as assistentes virtuais é a privacidade. Recentemente, todas as empresas que desenvolvem um sistema do tipo se viram em uma situação desagradável de precisar admitir publicamente que as frases gravadas pelos seus dispositivos muitas vezes são revisadas por ouvidos humanos anonimamente com o objetivo de melhorar a inteligência artificial. É um aspecto da tecnologia que nunca havia ficado muito claro para o consumidor final.

No caso da Amazon, a empresa definiu que usuários que não tiverem interesse em ter suas gravações revisadas por outros humanos, mesmo que anonimamente, pode fazer esse ajuste nas configurações de privacidade. Essa alternativa, no entanto, é “opt-out”, o que significa que esse tipo de revisão humana está ativado por padrão e o usuário precisa ativamente dizer que não quer fazer parte desse programa.

A empresa também criou mecanismos que permitem apagar as gravações feitas por meio dos microfones de equipamentos com a Alexa. É possível remover uma solicitação específica, todas as solicitações de algum dia ou então simplesmente remover todas as gravações já feitas pelo sistema. A Amazon afirma que os dados também são removidos do servidor ao tomar uma ação deste tipo.

Há outros aspectos de privacidade importantes que envolvem dispositivos como os modelos da linha Echo que a empresa trouxe ao Brasil. Afinal de contas, são microfones conectados que o usuário instala em sua sala ou seu quarto. Para lidar com essas dúvidas, a Amazon afirma que a Alexa ignora praticamente tudo que é dito no ambiente; o dispositivo só começa a escutar e transmitir os dados para a nuvem após reconhecer a palavra-chave de ativação, que no caso é “Alexa”. Enquanto essa palavra não é dita, o reconhecimento de voz é feito apenas localmente e tudo que não for relevante será descartado.

Os aparelhos contam com um botão físico também, que promete interromper completamente a atividade dos microfones enquanto o usuário preferir. No caso do Echo Show 5, que conta com uma câmera para realização de videochamadas, há uma tampa física que permite cobrir a lente sempre que o usuário preferir, garantindo que não há alguém olhando o que você está fazendo.

Entretanto, todas as promessas mencionadas acima dependem da confiança do usuário na Amazon. A empresa pode falar tudo isso, mas de nada vai adiantar se o consumidor não acreditar no que a companhia promete. Então, se você é o tipo de pessoa com extrema preocupação com privacidade e teme que suas informações sejam mal utilizadas pelas grandes empresas de tecnologia, é melhor evitar assistentes virtuais como um todo, e não apenas a Alexa.



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