A Amazon Web Services (AWS) e a National Football League (NFL) se uniram para simular jogos inteiros de futebol americano. O objetivo? Prever e prevenir lesões nos jogadores, usando uma nova plataforma, chamada Digital Athlete.
O sistema foi anunciado oficialmente durante uma conferência da AWS na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos, na quinta-feira (3). A NFL e a AWS integraram inteligência artificial e aprendizado de máquina para simular jogos, identificando e prevendo cenários com potenciais riscos de lesões, que poderão ser aplicados dentro de campo.
Jeff Crandall, presidente do comitê de engenharia da NFL e diretor do Centro de Biomecânica Aplicada da Universidade da Virgínia, disse que o conceito do Digital Athlete é uma representação virtual de alguns dos atletas com melhor desempenho do mundo. Ele os coloca em vários cenários virtuais para que lesões possam ser evitadas e que empresas fabricantes de equipamentos de segurança (como capacetes) consigam criar produtos melhores. O sistema também pode ser usado para criar regras para o jogo.
Crandall afirmou que já analisou 100 mil imagens reais de impacto do capacete, como parte da coleta de dados. Esse é um aspecto importante porque os jogadores são submetidos a um risco crescente de concussão e outros traumas na cabeça. Somente em 2018, foram diagnosticadas 214 concussões em jogadores da NFL.
A plataforma usa a tecnologia da AWS, incluindo o Amazon Rekognition, para explorar o conjunto de dados e feeds de vídeos da federação. Além do futebol americano, essa tecnologia preditiva tem o potencial para ser amplamente aplicável no futuro.
“Essa parceria representa uma oportunidade para a NFL e a AWS desenvolverem novas abordagens e ferramentas avançadas para evitar lesões, dentro e potencialmente além do futebol”, disse Andy Jassy, CEO da AWS, em comunicado.
A Amazon vê potencial para que essa ferramenta seja usada “em vários aspectos, como segurança no local de trabalho, arquitetura e design de edifícios”. Para o Dr. Matt Wood, vice-presidente de inteligência artificial da AWS, “existe até a possibilidade de aplicá-lo de maneira mais ampla à assistência médica”.
Via: Digital Trends
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