Alibaba vai doar R$ 550 milhões para futebol feminino na China

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O até então esquecido futebol chinês ganhou notoriedade nos últimos anos depois que clubes chineses começaram a fazer ofertas bilionárias pelos melhores jogadores do mundo. Agora, no futebol feminino, o varejista de comércio eletrônico Alibaba quer usar parte de seu poderio econômico para impulsionar também o futebol feminino.

A Alipay, braço de pagamentos online do Alibaba (que também é dona de sites como o AliExpress), anunciou que vai doar 1 milhão de yuans (cerca de 145 milhões de dólares ou 552 milhões de reais) para o desenvolvimento do futebol feminino na China.

A empresa reiterou que o valor se trata de fato de uma doação, e não de um patrocínio, de modo que não vem com contrapartidas como anúncios no uniforme ou nos jogos.

O dinheiro será gerido pela Confederação Chinesa de Futebol, em conjunto com a Fundação Alipay e as fundações dos co-fundadores da Alibaba, Jack Ma e Joe Tsai (hoje presidente e vice-presidente do grupo, respectivamente).

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A Alipay afirmou que o dinheiro será usado “em algumas áreas chave”, como o desenvolvimento de jovens jogadoras, o treinamento de técnicos e o fortalecimento da seleção chinesa feminina.

Na Copa do Mundo realizada neste ano na França, a seleção chinesa caiu ainda nas oitavas de final, perdendo para a Itália por 2×0. Na fase de grupos, a seleção fez uma campanha de poucos gols, perdendo para a Alemanha por 1×0, empatou com a Espanha em 0x0 e venceu a África do Sul por 1×0.

O torneio terminou neste domingo, 7, com a seleção dos Estados Unidos sagrando-se tetracampeã da competição, vencendo a seleção da Holanda por 2×0. As americanas eram as grandes favoritas ao título mesmo antes do início da competição.

Os Estados Unidos, inclusive, foram algozes da seleção da China nas duas melhores campanhas das chinesas em sua história. As americanas venceram as chinesas nas finais da Copa do Mundo de 1999 e das Olimpíadas de 1996.

Alibaba e o futebol

Não é a primeira vez que a Alibaba e a Alipay relacionam suas marcas ao futebol, embora seja a primeira relação direta com o futebol feminino.

Em novembro, a Alipay fez um acordo de patrocínio de 200 milhões de euros com a federação europeia de futebol (a Uefa) para ser a empresa de pagamentos oficial nos torneios organizados pela entidade.

A Alibaba também financiou o time de futebol masculino chinês Guangzhou Evergrande, que foi o primeiro da história do futebol chinês a se classificar para o Mundial de Clubes da FIFA (federação internacional de futebol), em 2013.

Este é o maior investimento já feito no futebol feminino chinês, segundo a Alipay. O magnata chinês Jack Ma, fundador e presidente da Alibaba, disse em comunicado que o objetivo da ação é fazer o futebol “mais sustentável e acessível para meninas e mulheres ao redor do país”.

China campeã em 2050?

O futebol vive uma expansão na China nos últimos anos depois que o governo do presidente chinês Xi Jinping, um grande entusiasta do futebol, lançou em 2016 um plano para o desenvolvimento do futebol chinês.

Os objetivos são ambiciosos e a China espera, até 2050, estar entre as potências do futebol mundial e inclusive apta a ganhar uma Copa do Mundo, tanto no masculino quanto no feminino.

A Superliga Chinesa, primeira divisão do campeonato de futebol masculino do país, vale hoje 575 milhões de euros, segundo o site de monitoramento de transferências Transfermarkt. É mais do que times europeus como o italiano AC Milan (503 milhões de euros), o francês Lyon (376 milhões) ou mesmo o holandês Ajax, semifinalista da última edição da Liga dos Campeões da Europa (442 milhões).

O jogador mais valioso do campeonato chinês de futebol masculino é o volante brasileiro Paulinho, estrela do Shanghai SIPG, que vale 38 milhões de dólares. (Desde 2017, contudo, apenas três jogadores estrangeiros podem ser escalados por partida como titulares, de modo a incentivar o desenvolvimento de jogadores no país. Só 15% dos jogadores da primeira divisão chinesa são estrangeiros).

A popularidade do esporte, de fato, vem crescendo entre os chineses. A Copa do Mundo de futebol feminina teve a maior audiência no país desde 2007, segundo dados da FIFA, a federação internacional de futebol. Foram 12 milhões de telespectadores, ante 8,5 milhões em 2015 e 1,5 milhão em 2011, datas das últimas edições do torneio.

Na Copa do Mundo masculina do ano passado, a China foi o país com maior número de telespectadores, com 250 milhões de pessoas assistindo (20% da população do país), ainda que a seleção masculina nem sequer tenha se classificado.



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