O DEM conseguiu uma meia vitória na última semana ao conseguir adiar a votação da Nova Lei do Gás. Era para ter acontecido na quarta-feira passada, 26, a votação na Câmara, e passou para esta terça, 1º. Era a janela que Elmar Nascimento (DEM-BA) precisava para voltar à pressão na tentativa de alterar o texto proposto pelo relator, o deputado Laércio Oliveira (PP-SE), alinhado com o Governo Federal.
Elmar quer mudar dois dispositivos no projeto para criar a figura das térmicas inflexíveis e assim subsidiar a construção de gasodutos pelo interior do Brasil. Se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com diversos deputados para tentar emplacar uma emenda aglutinativa. Ele acredita ter dobrado boa parte do colegiado e espera angariar 300 votos até a sessão extra.
Se Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, não concorda plenamente com a proposta feita por Elmar, que é amigo íntimo seu, ao menos deixou de apoiar publicamente pela aprovação do texto do governo. O adiamento da votação levou a deputados bolsonaristas, como Carla Zambeli (PSL-SP), a reclamarem publicamente de Maia e subirem hashtags no Twitter, como #GásParaSairDaCrise e #PLdoGásOriginal. Maia não gostou nada do movimento.
Apesar da ofensiva, os defensores do texto original estão confiantes. “Estão tentando negociar com o governo, mas a proposta deles descaracteriza tudo”, afirma Paulo Pedrosa, presidente da Abrace e ex-secretário-executivo de Minas e Energia. “Eles controlam a pauta, mas perdem no voto. Não conseguem 300 votos nem se fossem 1.000 deputados.”
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