Depois de 2 anos marcados por um crescimento explosivo na base de usuários e um ritmo acelerado de contratações, a Snap Inc. — empresa à frente do Snapchat, uma das redes sociais mais populares do mundo — se viu obrigada a encarar uma reestruturação que só em 2018 já soma mais de 200 demissões.
Na última semana, a empresa anunciou o desligamento de ao menos cem funcionários da equipe de vendas e publicidade. O corte é parte da última fase do plano de reestruturação da companhia, que já havia autorizado a demissão de dezenas de outros empregados das áreas de desenvolvimento e conteúdo.
De acordo com o Snapchat, a redução na equipe de publicidade só foi possível porque a comercialização automatizada de propagandas no aplicativo passou a representar 90% dos contratos, o que reduziu drasticamente a necessidade de uma equipe dedicada a vendas diretas.
Em resposta a questionamentos da Bloomberg, Imran Khan, que integra o quadro de diretores da empresa, declarou que o crescimento sustentável do Snapchat passou a depender diretamente de uma busca por mais integração e colaboração entre os times da companhia.
Imran Khan, Chief Strategy Officer do Snapchat. Foto: Reprodução/Insider Pro
Rasteira da concorrência
A crise na popularidade do Snapchat teve início com a implementação, por parte do Facebook e do Instagram, de funcionalidades que antes eram exclusivas do concorrente. Com uma base de usuários significativamente maior, as redes de Mark Zuckerberg acabaram conseguindo impactar negativamente os números do Snapchat, que agora tenta se recuperar.
Apesar da maré de azar, a Snap Inc. comemorou uma retomada no número de instalações do Snapchat em fevereiro, mês em que a empresa concluiu a liberação do acesso ao novo design do aplicativo, repleto de mudanças — muitas delas criticadas — em seu fluxo de navegação. Resta saber se a retomada representa mera curiosidade ou se as mudanças reconquistaram de fato os usuários.
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