Dacar – O presidente Macky Sall ganhou as eleições presidenciais do Senegal de domingo com 58,27% dos votos, segundo os resultados provisórios anunciados nesta quinta-feira pela Comissão Nacional de Censo de Votos (CNRV).
Com mais de 2,5 milhões de votos, Sall foi escolhido assim para um segundo mandato de cinco anos e evitou um segundo turno ao conquistar mais da metade dos sufrágios.
O líder venceu os dois rivais mais importantes: o ex-primeiro-ministro Idrissa Seck, e o deputado e candidato “antisistema”, Ousmane Sonko, que obtiveram, respectivamente, 20,5% e 15,67% dos votos.
Quanto aos outros dois adversários, Issa Sall conseguiu 4,07% dos votos e Madické Niang 1,48%.
A participação nestas eleições foi de 66,23%, confirmando a grande afluência constatada pelas missões de observação nacional e internacional.
Mais de 6,5 milhões de senegaleses foram chamados às urnas em eleições presidenciais nas quais o candidato favorito era o atual chefe de Estado, Macky Sall.
Sall tentava a reeleição em primeiro turno para evitar assim um segundo que teria posto em perigo suas chances de seguir governando o Senegal em um segundo mandato.
Tratava-se de um pleito apertado, no qual não estavam claros os resultados e não foi descartada a possibilidade de um segundo turno.
À espera de conhecer os resultados oficiais, tanto veículos de imprensa como o Governo e a oposição ofereceram tendências de voto que discordavam entre si, ocasionando confusão entre os cidadãos.
Na mesma noite das eleições, Seck e Sonko, em entrevista coletiva conjunta, asseguraram que haveria um segundo turno.
No entanto, o Governo afirmou então que Sall ganhava com mínimo de 57% dos votos.
Como medida preventiva, um forte dispositivo de forças de segurança foi desdobrado hoje em Dacar.
Embora no domingo a jornada tenha se desenvolvido de maneira pacífica e sem graves incidentes, teme-se que possa haver manifestações entre os que não estão de acordo com os resultados.
Estes resultados, anunciados pela Comissão Nacional de Censo de Votos, devem ser agora confirmado pela Comissão Eleitoral Nacional Autônoma (JANTAR).
Além disso, se não estivessem de acordo, os cinco candidatos têm 72 horas para apresentar um recurso diante do Tribunal Constitucional, encarregado de validar os resultados definitivos.