Também chamados de quimeras, tubarões-fantasmas estão entre os animais aquáticos mais difíceis do mundo de se ver. Por essa razão, uma equipe de biólogos marinhos ficou em êxtase quando identificou um raro filhote durante uma pesquisa na Nova Zelândia.
“Não sabemos muito sobre tubarões-fantasmas”, disse Brit Finucci, cientista pesqueiro do Instituto Nacional de Pesquisa Hídrica e Atmosférica (NIWA), em entrevista à rede CNN. “O que sabemos vem principalmente de espécimes adultos. Então, é muito raro e muito incomum encontrar jovens de muitas dessas espécies, e é por isso que fiquei bastante animado”.
Encontrado na Chatham Rise, região marinha localizada a leste da Nova Zelândia, o baby shark foi visto pelos pesquisadores enquanto eles procuravam por espécimes de hokis, também conhecidos como Grenadier Azul.
Segundo a Live Science, eles usavam uma rede de arrasto a uma profundidade de 1,2 mil metros, na qual o pequeno tubarão-fantasma ficou preso. O achado pode ajudar os biólogos a aprender mais sobre os quimeras e como eles se desenvolvem.
De acordo com o Shark Trust, os tubarões-fantasmas (peixes-rato, peixes-fantasmas ou peixe-coelho) são muito difíceis de serem vistos pelos humanos em razão da maioria deles viver em profundidades que variam entre 200 e 2,6 mil metros.
Tubarão-fantasma tem órgão reprodutor na testa
Tubarões não são peixes ósseos, e sim cartilaginosos, o que significa que seus corpos estão cheios de placas de armadura rígidas e cartilagem. Tubarões-fantasmas adultos têm espinhas venenosas na frente de suas barbatanas dorsais e podem chicotear na água batendo suas barbatanas peitorais. De acordo com o New York Times, a maioria dos machos se reproduz com um órgão sexual retrátil chamado tenaculum localizado em suas testas.
Cerca de 52 espécies de quimera são conhecidas, mas os pesquisadores suspeitam que existam mais. Atualmente, não se sabe quanto tempo as quimeras vivem e com que frequência elas se reproduzem.
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Depois que as fêmeas colocam suas cápsulas de ovos no fundo do mar arenoso ou lamacento, os embriões crescem e se alimentam nessas cápsulas até que estejam prontos para eclodir, o que pode acontecer entre 6 e 12 meses, a depender da espécie. Em relação ao filhote capturado, a equipe suspeita que ele tenha eclodido recentemente porque sua barriga ainda estava cheia de gema de ovo.
Segundo o comunicado da NIWA, os pesquisadores não sabem a espécie exata do bebê tubarão e planejam fazer testes genéticos para ver a que gênero ele pertence. Assim que os cientistas descobrem sua espécie, eles podem compará-la com um adulto para aprender mais sobre seu desenvolvimento da infância à maturidade.
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