O buraco na camada de ozônio se ampliou em 2021, cortesia de um inverno estranhamente rigoroso no hemisfério Sul e também por consequências do avanço do aquecimento global, de acordo com um novo vídeo divulgado pela Nasa.
De acordo com o vídeo, o buraco teve seu 13º maior índice de crescimento desde 1979, com a dispersão de ozônio sendo monitorada pelos satélites Aura, Suomi-NPP e NOAA-20, operados pela agência espacial americana em conjunto com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos EUA.
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O ozônio, para quem não sabe, é um gás que ocorre de forma natural e se forma nas camadas mais altas da atmosfera da Terra. Reproduzível tanto pela natureza como pelo homem, o gás é responsável, entre outras coisas, por filtrar a nocividade dos raios ultravioleta (UV) emitidos pelo Sol, que podem nos causar câncer de pele, entre outros problemas.
E ele tem um buraco. Ou melhor, um conjunto de buracos, que se abrem e se fecham e se abrem de novo conforme variações climáticas da Terra – e o aquecimento global – atrapalham na dispersão de gases do efeito estufa, aumentando a nossa temperatura média global.
Em outras palavras, essa falha é a razão pela qual você vem aplicando protetores solares cada vez mais fortes quando vai à praia.
Muito desses buracos são causados pela atividade humana – o uso de elementos como cloro e bromo em diversas ações contribuem para que o buraco aumente nas regiões polares, e quando o Sol nasce e banha o Ártico com a sua luz, a região recebe os raios UV praticamente sem nenhum filtro.
Políticas globais estipuladas no passado – como o Protocolo de Montreal em 1987, pela ONU – ajudaram a minimizar o dano que nós causamos na camada de ozônio, algo que a Nasa reconhece ter ajudado bastante: “esse buraco é bem grande por causa das condições estratosféricas mais frias que vimos em 2021. Sem o Protocolo de Montreal, ele seria bem maior”, disse Paul Newman, Chefe de Ciências da Terra no Centro de Vôo Goddard da Nasa, em um comunicado.
Em termos práticos, o buraco chegou, neste ano, a mais ou menos o tamanho da América do Norte – continente esse que engloba México, EUA, Canadá e Alasca, e se estende por aproximadamente 25 milhões de quilômetros quadrados (km²). Sem os protocolos ambientais instalados, a Nasa estima que o tamanho seria de 1,5 milhão de km² maior.
Felizmente, as políticas de redução de uso e emissões parecem estar surtindo um efeito positivo. De acordo com diversos cientistas, é possível que, nesse ritmo, a camada de ozônio se recupere por completo entre 2060 e 2070.
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