O adolescente de 13 anos que, em maio deste ano, recebeu uma nota falsa de 100 reais após vender todas as suas trufas para uma mulher em um semáforo de Jundiaí foi surpreendido com o convite de estagiar em uma fábrica de chocolates a partir de 2022.
O menino foi presenteado com a oportunidade após seu caso viralizar nas redes sociais. Assim como a empresa se sensibilizou com o caso de João Victor Jesus, pessoas de diversas partes do país mandaram doações para o garoto. A mãe do jovem, Priscila Lima, contou em entrevista ao G1 que ela conseguiu pagar as dívidas da família com o valor arrecadado com as doações e que sobrou um pouco, que pretende investir em cursos para o garoto.
Priscila também explicou sobre a entrada de João na empresa de chocolates acontecer apenas no ano que vem. “Ele deve começar a trabalhar assim que completar 14 anos. Ele faz aniversário no final do ano. A empresa não especificou como vai ser ainda, mas é uma grande oportunidade. A fábrica também forneceu uma ajuda de custo para ele”, disse. Por enquanto, a mãe de João disse que o adolescente continua vendendo trufas no semáforo e estudando.
Com a repercussão que o caso ganhou na época, além das doações, João e seus quatro irmãos ganharam tratamento odontológico durante um ano, que está sendo fornecido por dois dentistas da cidade. João também conseguiu uma bolsa para treinar futebol com o time do Paulista de Jundiaí.
Entenda o caso
João, que vende doces nos semáforos nas horas vagas para ganhar uma renda extra e ajudar a família, ganhou uma nota de 100 reais de uma mulher, que levou sua caixa inteira de bombons. O menino abordou o segurança Sandro Moraes, que trabalha em um mercado na região do Bairro do Retiro, no dia 27 de maio e pediu ajuda para saber se a nota que havia ganhado era falsa.
Sandro contou que, quando constatou que a nota era falsa, a expressão de tristeza do menino chamou sua atenção: “O olho dele encheu de lágrima e ficou o sentimento de impotência. Coloquei a história nas redes sociais para as pessoas ajudarem”, disse. Ele também se surpreendeu com a atitude do menino depois da descoberta, que quis deixar a nota falsa no mercadinho como exemplo para as pessoas que trabalham no caixa não caírem no golpe também.
Na época do acontecimento, a família de João não registrou boletim de ocorrência sobre a nota falsa.
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