O Facebook foi processado em uma segunda ação coletiva na Suprema Corte de Londres, no Reino Unido, sob a acusação de ter permitido a coleta de dados de mais de um milhão de usuários na Inglaterra e no País de Gales, neste que deve ser o último processo originado do escândalo da Cambridge Analytica.
O processo foi movido pelo jornalista e escritor britânico Peter Jukes, que entrou com uma ação por danos não especificados, mas “substanciais”. O processo é feito três anos após a empresa de Mark Zuckerberg ser multada na Grã-Bretanha em relação a como o aplicativo “This Is Your Digital Life”, que coletou dados de usuários entre 2013 e 1015.
A ação de Jukes é a segunda que alega que a rede social permitiu que aplicativos de terceiros coletassem dados de amigos sem que ele permitisse ou tivesse conhecimento. Os casos lançaram um novo holofote sobre um escândalo da Cambridge Analytica, uma consultoria política britânica, acessou os dados pessoais de milhões de usuários do Facebook.
O Escritório do Comissário de Informação (ICO na sigla em inglês) do Reino Unido multou o Facebook em 500 mil libras (cerca de 3,7 milhões de reais na cotação atual) por processar dados pessoais de usuários da rede e permitir que os desenvolvedores de aplicativos tivessem acesso a suas informações e as de seus amigos sem consentimento suficientemente claro e informado entre 2007 e 2014.
Facebook nega acesso da Cambridge Analytica a dados de usuários
Em nota enviada à agência de notícias Reuters, um porta-voz do Facebook informou que: “A investigação do ICO sobre esses problemas não encontrou evidências de que os dados de qualquer usuário do Reino Unido ou da União Europeia foram transferidos por Kogan para Cambridge Analytica”. Kogan em questão é o Dr. Aleksandr Kogan, desenvolvedor do aplicativo This Is Your Digital Life.
A Cambridge Analytica também nega que tenha feito uso de qualquer dado coletado no Facebook para influenciar em estratégias de campanhas eleitorais que assessorou, como a que levou Donald Trump a presidência dos Estados Unidos em 2016.
A empresa também alega que chegou a tentar vender os dados para a campanha Leave.UK, que tinha o objetivo de aprovar o “Brexit”, a saída do Reino Unido da União Europeia, mas não conseguiu que eles fossem comprados.
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