Brasileiro acha arriscado compartilhar dados com governo, diz estudo

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Nesta quinta-feira (1º), o Cetic.br, braço de pesquisa do NIC.br, divulgou a segunda edição de sua pesquisa sobre os hábitos digitais dos brasileiros durante a pandemia de coronavírus. O Painel TIC COVID-19 identificou as maiores preocupações da população, que incluem a privacidade e a segurança dos dados pessoais.De acordo com a pesquisa, fraudes e roubos de identidade são os pontos principais para um terço dos usuários. Para mais da metade dos pesquisados, disponibilizar seus dados pessoais na internet para governos é mais arriscado do que benéfico.Os usuários apontaram as seguintes preocupações como as principais neste momento: prejuízo financeiro causado por fraude bancária (32%), roubo de identidade (23%), invasão de privacidade (21%) e venda de dados para terceiros (13%). O prejuízo por fraude bancária é mais preocupante para indivíduos das classes A e B, enquanto roubo de identidade e invasão de privacidade prevaleceram em classes sociais mais baixas (D e E).ReproduçãoMaioria dos brasileiros acha compartilhamento de dados com o governo algo arriscado. Imagem: Reprodução/iStockRastreamento para combater a epidemiaPor mais que a privacidade seja um ponto importante para os brasileiros pesquisados, eles são mais propensos a compartilhar seus dados que apontem se tiveram contato recente com alguém infectado pela Covid-19. Segundo a pesquisa, 60% dos usuários afirmaram que com certeza fariam o compartilhamento, enquanto outros 25% disseram que provavelmente fariam o download do aplicativo que faz o rastreio.Os motivos mais citados para não baixar apps desse tipo são falta de interesse (46%), evitar a ansiedade de saber se corre risco ou não (43%), preocupação com vigilância governamental após o fim da pandemia (42%), não acreditar que o aplicativo impeça a identificação do usuário (39%) e não querer que seus dados de geolocalização sejam acessados pelo governo (39%).”As porcentagens sugerem a importância da transparência na gestão das ferramentas e estratégias de vigilância epidemiológica que fazem uso das TIC (tecnologias de informação e comunicação)”, explica Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br. “O assunto, sem dúvida, merece um amplo debate no país, não apenas em virtude do uso de dados no contexto da pandemia, mas também em decorrência da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais que recentemente entrou em vigor”.O estudo foi feito com cerca de 97 milhões de pessoas, o equivalente a 80% dos usuários de internet com 16 anos ou mais. As entrevistas foram realizadas por telefone e pela web e aconteceram entre os dias 29 de julho e 21 de agosto deste ano.Via: TeleSíntese



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