O governo paulista divulgou durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (27) alterações nos critérios técnicos do Plano São Paulo, a diretriz da reabertura econômica no estado durante a pandemia da Covid-19. As mudanças já eram previstas e começam a valer no dia 31.
Houve alterações nos critérios que definem a transição entre as fases da reabertura. Índices como a taxa mínima média de ocupação de leitos de UTI foram aumentados: por exemplo, antes para uma região passar da fase Amarela (a atual da capital paulista) para a Verde, menos restritiva, precisava ter ao menos 60% de ocupação nos leitos; agora, o valor será entre 70% e 75% (ver tabela abaixo).
“Quando iniciamos esse trabalho tínhamos 3 600 leitos de UTI Covid. Hoje o número passa de 9 000 leitos, incluindo também o setor privado, 8 100 sob gestão do estado. Nós dobramos a quantidade de leitos disponíveis, o que nos dá hoje essa flexibilidade de poder contar com a disponibilidade para outras doenças”, disse a secretária do Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, sobre a alteração.
Foram incluídos também valores específicos para o avanço nas fases em alguns critérios. Para uma região sair da fase Amarela e ir para a Verde, o número de mortes deve ser de até 5 óbitos a cada 100 000 habitantes; para internações, entre 30 e 40 a cada 100 000 habitantes. A transição só ocorre, de acordo com Patrícia, se estes índices permanecerem assim por ao menos 14 dias. O que impede, por exemplo, que a cidade de São Paulo vá para a fase Verde neste momento. Outra mudança: uma região precisa permanecer também ao menos 28 dias na fase Amarela para ir para a Verde.
“O número de internações no município [capital paulista] é entre 70 e 80 internações a cada 100 000 habitantes hoje. Idem óbitos, a gente está colocando o número ali de 5 óbitos a cada 100 mil habitantes e a capital tem um número maior que esse”, disse Patrícia. Os números exatos dos novos critérios mencionados anteriormente ainda estão sendo definidos pelo governo e serão divulgados na terça (28).
Foi ampliada a margem de erro no índice da taxa de ocupação de leitos de UTI: 2,5%. Ou seja, se uma cidade melhorar o índice apenas neste patamar, não avança de fase e o mesmo vale para a regressão.
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