Muito antes de se tornar febre no YouTube, o slime verde do canal de TV infantil Nickelodeon já era sucesso entre as crianças nos EUA. E para incentivar o interesse desse público pelas ciências o canal fez uma parceria com a Nasa para levar a gosma ao espaço.
Em julho passado uma bolsa de slime foi levada à Estação Espacial Internacional (ISS) a bordo de uma cápsula Dragon da Space X. Em setembro os astronautas Christina Koch (EUA) e Luca Parmitano (Itália) gravaram um vídeo com várias experiências com a substância, mostrado pela primeira vez pelo canal no último sábado (2) durante a cerimônia de premiação dos Kid’s Choice Awards.
if they ever need volunteers to bring more slime into space, we’re available ð #KCA2020 #NationalAstronomyDay pic.twitter.com/SQc4J1M1XF
— Nickelodeon (@Nickelodeon) May 3, 2020
Como tudo na Nasa, o experimento tem um nome oficial: “Non-Newtonian Fluids in Microgravity” (Fluidos não-newtonianos em migrogravidade), e foi organizado pelo ISS National Lab, órgão dos EUA que coordena vários experimentos a bordo da estação para o governo, universidades e empresas dos EUA.
O objetivo era criar vídeos e conteúdo educacional para promover conceitos relacionados a ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM – Science, Technology, Engineering and Math) entre o público-alvo da Nickelodeon, crianças e adolescentes entre os 5 e 13 anos.
Slime é um fluido “não-newtoniano”, ou seja, cuja viscosidade depende da força aplicada sobre ele. Se atingido com força, pode se comportar como uma “borracha” rígida, mas se manuseado com cuidado flui facilmente como um gel. Isso o torna ideal para demonstrar uma série de conceitos de ciências.
Astronautas e slime
No vídeo exibido pela Nickelodeon, os astronautas ejetam slime de uma seringa, enchem e estouram balões com a substância, brincam com grandes “bolhas” e interagem com elas usando uma raquete de madeira, demonstrando conceitos como a tensão superficial.
“Brincar com slime no espaço é muito mais divertido do que eu pensava – e muito mais imprevisível”, disse Koch. “Assim como todas as outras experiências que fazemos, você não pode replicar esse comportamento na Terra, precisa de gravidade zero”.
Fonte: Space.com
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