Operação da Polícia Civil mira contratos nos governos de Cabral e Pezão

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Rio — A Delegacia Fazendária da Polícia Civil e o Ministério Público fazem na manhã desta terça-feira uma operação contra uma quadrilha envolvida em um esquema de fraudes em contratos em diversos órgãos do governo do estado. Entre eles Corpo de Bombeiros, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Detran e até o Hospital Universitário Pedro Ernesto. Estão sendo cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em seis municípios. A quadrilha desviou mais de R$ 20 milhões entre os anos de 2012 e 2018 — nos governos de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, ambos do MDB.

Os mandados estão sendo cumpridos nas sedes de 11 empresas suspeitas dos crimes. Essas empresas ficam no Rio, Nova Iguaçu, Niterói, Volta Redonda, Barra do Pirai e Itaboraí.

A investigação, batizada de “Olho no Lance”, apura irregularidades em 14 pregões eletrônicos para a compra de material de escritório e produtos de limpeza para órgãos como o Rio Previdência, a Secretaria de Fazenda, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, a Uerj, o Fundo Especial do Corpo de Bombeiros do Estado, Hospital Universitário Pedro Ernesto e o Detran-RJ.

Segundo um relatório da Controladoria Geral do Estado (CGE) enviado à Delegacia Fazendária, as empresas — Diboa Comercial LTDA., Somar Distribuidora LTDA., Nit Plus Comércio e Serviços de Manutenção LTDA., Me e Mac ID Comércio Serviços e Tecnologia da Informática LTDA., Brasilpama Manufatura de Papéis LTDA. (atual Brasilpama Manufatura de Papéis Eireli), On Line Papelaria e Informática LTDA. (atual On Line Papelaria e Informática Eireli EPP), Vibhuti Comércio LTDA., Vixnu Comércio LTDA., Irmãos Governo Comércio de Ferragens LTDA., e Bazar São Domingos Neto LTDA. (atual Bazar São Domingos Neto Eireli) — teriam oferecido propostas de preços (lances) de forma aparentemente fraudulenta.

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As investigações realizadas detectaram diversos vínculos, inclusive familiares e societários, entre seus representantes e sócios.

Os agentes estão recolhendo HDs, laptops, computadores, notebooks, disquetes, CDs, DVDs, “pen drives”, “Ipad”, discos rígidos, agendas manuscritas ou eletrônicas, aparelhos de telefone celular dos investigados ou de suas empresas, como também registros, formais ou informais, recibos, agendas, ordens de pagamento e documentos em geral.

A reportagem não conseguiu contato com as empresas investigadas.



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