Os golpes no WhatsApp estão cada vez mais frequentes. Uma das medidas de segurança recomendadas pela plataforma é a verificação em dois fatores – mas parece que os criminosos já conseguem burlar o recurso.
O advogado paulista Luciano Caparroz Pereira dos Santos conta que teve a conta invadida enquanto usava a opção. Ele recebeu o telefonema de um suposto funcionário de um site de vendas de carro, no qual tinha colocado um anúncio. O golpista pediu que ele informasse o código de segurança que apareceu no visor do celular e ele o forneceu, sem perceber que se tratava do código enviado pelo WhatsApp. Santos conta que não forneceu a segunda senha e que não sabe como os criminosos conseguiram acesso a sua conta. Ou seja, o golpista obteve a segunda senha de alguma forma e, assim, invadiu a conta.
Depois que conseguem acesso à conta, os criminosos enviam mensagens para os contatos do usuário e pedem transferências de dinheiro. De acordo com o delegado Carlos Henrique Ruiz, titular da Delegacia de Investigações Sobre Fraudes Patrimoniais Praticadas por Meio Eletrônico, os sequestros de contas acontecem quando o usuário fornece a senha enviada pelo WhatsApp. Até agora, porém, todos os casos conhecidos eram de usuários que não usavam a verificação de dois fatores.
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