O pessoal do mercado publicitário tem desconfiado da propaganda do ator Caio Castro, 30. Ele se promove nas redes sociais como empresário. Em 2017, anunciou participação na rede de hamburguerias alagoana The Black Beef. Agora, surge como sócio da construtora Nossolar, na Praia Grande, e propaga que gera mais de 2 000 empregos. A questão: Caio não está no quadro societário de nenhuma dessas organizações.
De acordo com dados da Receita Federal e de juntas comerciais, o ator só é proprietário da C3, agência de produções no Bosque da Saúde, com capital social de 20 000 reais. “Ele recebe cachê baseado em participação nos lucros, ou seja, contrato típico de garoto-propaganda, mas diz por aí que é dono dos negócios”, afirma um executivo do ramo.
O empresário de Caio e os donos das firmas parceiras garantem que há participação nas companhias, mas não quiseram mostrar documentos. “Posso ter um contrato de gaveta ou dar menos de 1% da minha empresa, aí ele já é meu sócio”, acredita Rodrigo Pacheco, dono da Nossolar.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 22 de janeiro de 2020, edição nº 2670.
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