‘É algo inesperado para os analistas econômicos, mas, da nossa parte, sabíamos que viria uma boa notícia’, afirmou o presidente
O presidente Jair Bolsonaro comemorou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que avançou 0,6% no terceiro trimestre, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “É algo inesperado para os analistas econômicos, mas, da nossa parte sabíamos que viria uma boa notícia, e ela veio numa boa hora”, afirmou, durante discurso em um fórum promovido pela Controladoria-Geral da União (CGU). No ano, o acumulado do PIB é de 1%.
No Twitter, o presidente comemorou o resultado da economia brasileira no terceiro trimestre e chamou a atenção para outros indicadores econômicos, como a taxa básica de juros, a Selic, a 5% ao ano, menor patamar da história. “Certeza de que estamos no caminho certo”, escreveu.
Apesar do avanço, o resultado reflete uma tímida retomada da atividade econômica do país, que registrou estagnação no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de janeiro a março e avanço de 0,5% no segundo trimestre. Os valores foram revisados pelo IBGE, que originalmente apresentaram queda de 0,2% e crescimento de 0,5%, respectivamente. Em valores correntes, o PIB do terceiro trimestre totalizou 1,842 trilhão de reais. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento é de 1,2%.
A maior alta foi da agropecuária com crescimento de 1,3%, seguida pela indústria (0,8%) e pelos serviços (0,4%). “Na ótica da demanda, os investimentos vêm crescendo, puxado pela construção, que havia caído 20 trimestres consecutivos e desde o trimestre anterior mostra recuperação, quando comparado a igual período de 2018. O consumo das famílias também cresce, enquanto as despesas do governo – incluindo pessoal e demais gastos, exceto investimentos -, caem em todas as esferas em função das restrições orçamentárias”, analisa a coordenadora de Conta Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
“Já entre as atividades que caíram, o destaque é a indústria de transformação, afetada pela queda nas exportações em função da menor demanda mundial e a crise da Argentina”, analisa Palis. No setor externo, as exportações de bens e serviços recuaram 2,8%, enquanto as importações cresceram 2,9% na mesma comparação.
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