Por Maayan Lubell e Nidal al-Mughrabi
JERUSALÉM/GAZA (Reuters) – Ataques aéreos israelenses mataram nove palestinos em Gaza nesta quarta-feira, disseram autoridades médicas, elevando a 19 o saldo de mortes de palestinos ao longo de uma escalada de violência de dois dias iniciada quando Israel realizou ataques para matar um comandante da Jihad Islâmica.
Logo de manhã, militantes de Gaza dispararam foguetes contra Israel e os militares israelenses revidaram do ar, retomando a ação após uma pausa de madrugada.
Os corpos de seis pessoas mortas na Cidade de Gaza foram levados ao hospital de Shifa em táxis e ambulância na manhã desta quarta-feira. Parentes choravam e gritavam, e médicos e testemunhas disseram se tratar de civis que moravam em bairros densamente povoados.
Um pai e seu filho estavam entre os mortos, e outro filho ficou ferido gravemente, disseram familiares.
“Eles começaram isso, não queríamos guerra”, disse um parente enlutado.
Ainda nesta quarta-feira, militares israelenses disseram que retomaram os ataques a alvos da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza. Ataques aéreos eliminaram ao menos três equipes de lançamento de foguetes, disse um porta-voz militar.
A Jihad Islâmica confirmou que dois de seus militantes morreram em ataques separados no sul da Cidade de Gaza durante a manhã. Mais tarde, médicos disseram que outro homem foi morto por um ataque aéreo enquanto pilotava uma motocicleta.
Os piores confrontos em meses irromperam na terça-feira depois que Israel matou Abu Al-Atta, um dos principais comandantes da Jihad Islâmica, grupo militante apoiado pelo Irã, acusando-o de conceber e planejar ataques contra o Estado judeu.
Em reação à morte de Atta e sua esposa, a Jihad Islâmica disparou cerca de 200 foguetes contra Israel na terça-feira, ação que reiniciou na manhã desta quarta-feira.
Apesar de tentativas de diplomatas para restaurar a calma, uma autoridade da Jihad Islâmica disse à Reuters que seu grupo informou a mediadores que pretende continuar com seus ataques retaliatórios.
Mas não surgiram sinais de que o Hamas, grupo islâmico muito maior que controla Gaza, está inclinado a entrar na disputa.
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