Por Sarah Wu e Jessie Pang
HONG KONG (Reuters) – Estudantes de Hong Kong, muitos dos quais com máscaras pretas proibidas pelo governo, cantaram frases de protesto durante sua formatura na Universidade Chinesa nesta quinta-feira, alguns com cartazes que diziam “Hong Kong Livre, Revolução Agora”.
Os estudantes desafiaram a proibição do uso de máscaras imposta pelo governo em outubro em uma tentativa de coibir manifestações por vezes violentas que ocorrem no território autônomo chinês há mais de 5 meses.
Usando becas tradicionais, cerca de 1 mil alunos e alunas cantaram ao longo do trajeto para a cerimônia de formatura, pedindo que o governo responda às “cinco demandas, nenhuma a menos”, que incluem sufrágio universal para escolher o líder da cidade.
Um homem que cantava o hino nacional da China e segurava uma faca foi preso por agentes de segurança.
O início dos protestos foi motivado por uma lei de extradição, agora anulada, que permitiria que pessoas fossem encaminhadas à China para serem julgadas, mas as reivindicações evoluíram para pedidos por democracia, fim da interferência chinesa nas liberdades prometidas e inquéritos independentes sobre brutalidade policial, entre outras demandas.
“Ainda que estejamos todos exaustos, não devemos desistir”, disse Kelvin, um formando de 22 anos.
A universidade informou que interrompeu a cerimônia logo após a entrega dos diplomas.
A China nega interferir na cidade de Hong Kong e culpa países ocidentais por causarem problemas.
(Por Jessie Pang, Sarah Wu, Jiraporn Kuhakan e Twinnie Siu em Hong Kong; Yimou Lee e Fabian Hamacher em Taipei)
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