Após mais de sete horas de audiência, na tarde desta terça-feira, o juiz do Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Duque de Caxias, a pedido da defesa do sargento da Polícia Militar Daniel Deglmann, de 43 anos — acusado de dopar, torturar e manter em cárcere privado a ex-companheira de 23 anos durante quase três semanas no bairro Parque Pauliceia, em Duque de Caxias — aceitou ouvir o homem em dezembro. A defesa do PM pediu para ter acesso a detalhes de outros depoimentos de testemunhas do caso. Só após isso o juiz Antônio Alves Cardoso Júnior sentenciará o militar.
Enquanto isso, Deglmann — que é lotado no 16º BPM (Olaria) — vai continuar preso na Unidade Prisional da Polícia Militar, no Fonseca, em Niterói.
Pouco antes de 12h30, horário marcado para a audiência, parentes do PM já esperavam no corredor do fórum de Caxias. Às 13h05, acompanhada da delegada Fernanda Fernandes, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) Caxias e da mãe, a ex-companheira do militar chegou ao local.
Às 15h15 foi a vez do PM chegar a sala de audiência. Antes, Deglmann atravessou o corredor onde seus parentes estavam e disse: “Sem choradeira, sem choradeira. Tamo junto”, disse ele aos que choraram ao vê-lo. Na audiência, foi a primeira vez que o homem ficou frente a frente com a ex-mulher. Durante a audiência, apenas a vítima e as testemunhas falaram.
Durante todo o tempo dois militares ficaram ao lado de Daniel. Já do lado de fora, apenas parentes e amigos do ex-PM acompanham o julgamento.
A primeira a prestar depoimento foi a ex-companheira da Deglmann. Logo em seguida as testemunhas de acusação e de defesa. Também falaram a delegada Fernanda Fernandes e um corregedor da PM. No depoimento, a testemunha chave — que avisou a família da vítima que ela estava sendo espancada — chegou a mudar a versão.
A defensora pública Juliana Saldanha de Barros, que defende a ex-mulher do PM, foi a assistente de acusação. Por determinação da justiça, já que o processo corre em segredo judicial, a audiência foi fechada para proteger a vítima.
Na mira da Corregedoria
O sargento também terá que responder junto à Justiça Militar pelos crimes de que é acusado. Tramita na Corregedoria Interna da Polícia Militar um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta do PM.
Na corporação desde 2001, a própria corporação afirma que ele tinha um histórico de indisciplinas e atrasos. Em agosto, o militar chegou a ser repreendido pelo comandante por se atrasar e faltar ao trabalho dias antes de ser preso. A desculpa do homem ao coronel Alexandre de Souza Rodrigues, para justificar as transgressões, foi que a mulher “sofria de problemas psiquiátricos e tinha problemas de saúde”.
Entretanto, dias depois o comando do 16º BPM descobriu que o homem faltava porque estava mantendo a mulher presa em casa.
Fonte do Artigo
Tags:
#noticia #novidades #noticias #venezuela #seo #instagram #cicpc #policia #ultimahora #seguridade #informacao #paz #urgente #policiacientifica #criminalisticcicpc #crimes #extra #ultimahoranoticia #brazil247 #governo #brasil247 #bolsonaro #jornalismo #informacoes #news #jornal #tiktok #fgts #pis #caixa #loterias #megasena #lotofacil #megamania #sus #ibge