Uma dúzia de companhias vão acabar por compartilhar o mercado aéreo de grandes conexões internacionais, segundo o CEO da Lufthansa, para quem uma crise econômica “acelerará” a consolidação do setor.
“O setor evolui para uma dúzia de companhias aéreas que operam mundialmente e fazem grandes conexões internacionais, assim como empresas nacionais ou regionais menores”, declarou Carsten Spohr na segunda-feira à noite.
“Três nos Estados Unidos, três na China, três no Golfo e três na Europa”, detalhou o presidente executivo do maior grupo aéreo europeu, sem citar nomes.
A Europa “está atrasada na consolidação”, estimou Spohr, acrescentando que uma crise econômica “e os resultados financeiros cada vez piores das companhias, incluindo a nossa, vão acelerar” as fusões e aquisições.
“Nossa indústria é muito mais cíclica – isto é, exposta a desenvolvimentos econômicos globais – do que as outras”, explicou o executivo da empresa alemã, em um contexto no qual a economia mundial sofre com as tensões do comércio internacional.
“Queremos e vamos desempenhar um papel ativo na consolidação”, acrescentou Spohr.
As recentes falências de empresas de baixo custo na Alemanha, como Air Berlin ou Germania, permitiram que a Lufthansa comprasse linhas e aparelhos.
A Lufthansa viu seu lucro líquido cair 70% no segundo trimestre. Na Europa, sofre com a forte concorrência de empresas de baixo custo, uma “guerra de preços única no mundo”, segundo Spohr.
“Não vamos nos deixar ser expulsos do mercado doméstico”, advertiu Carsten Spohr, estimando que a Lufthansa “tem força financeira para resistir” a essa competição.
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