1,5 mi protestam pela educação
Estudantes e professores que protestam, nesta terça-feira, 13, contra cortes no orçamento do Ministério da Educação se dispersaram na Praça da República, em São Paulo, por volta das 20h. No início da tarde, dois quarteirões da Avenida Paulista eram ocupados pelos manifestantes. Os grupos presentes também protestaram contra a reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados. O público, no entanto, não foi o mesmo de atos anteriores, como o de maio deste ano. No Rio de Janeiro, a manifestação partiu da Igreja da Candelária pouco depois das 18h e seguiu pela Avenida Rio Branco, entrando na Avenida Chile, até a sede da Petrobras. O ato reuniu milhares de pessoas, ligadas a centrais sindicais, partidos políticos, sindicatos de diversas categorias e estudantes secundaristas e universitários.
O Partido Social Liberal (PSL), legenda do presidente Jair Bolsonaro, decidiu nesta terça-feira, 13, pela expulsão do deputado federal Alexandre Frota. A decisão foi feita pela Executiva do partido, por unanimidade, com base em um pedido feito pela deputada Carla Zambelli (SP). Oficialmente, a executiva nacional do PSL justificou a saída afirmando que Frota demonstrou “infidelidade” ao atacar o governo e colegas de bancada nos últimos meses. Frota estava insatisfeito com o veto do Palácio do Planalto a indicações dele para cargos na Agência Nacional de Cinema (Ancine) e a perda de poder do diretório municipal de Cotia, região metropolitana da capital paulista. Uma das peças mais atuantes em favor da reforma da Previdência, Frota foi criticado, sobretudo, por se abster na votação do 2º turno na Câmara, o que foi considerado uma “traição” à legenda. Nas últimas semanas, a situação de Frota piorou após ele afirmar que Bolsonaro é a sua “maior decepção” e que a indicação de Eduardo, filho do presidente e deputado federal por São Paulo, para a embaixada brasileira em Washington representa a “velha política”.
Líder do PSDB ‘com bons olhos’ possível ida de Frota
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), vê com “bons olhos” uma eventual ida do deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP) para a bancada tucana. “Não tive nenhuma conversa pessoal com o deputado Frota, mas vejo com muito bons olhos sua possível vinda para a bancada. A atuação dele na Câmara tem sido exemplar, digna de todos os elogios”, disse Sampaio a VEJA. Crítico do governo Jair Bolsonaro e em pé de guerra com líderes do partido, como o senador Major Olimpio (SP), Frota tinha uma situação insustentável dentro da legenda. Com o processo de fritura, ele passou a ser assediado por outros partidos. A VEJA, o deputado confirmou, na semana passada, que foi procurado por sete partidos, entre eles o DEM, do presidente do Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ). Na ocasião, o pesselista afirmou que não tinha a intenção de deixar a sigla do presidente Bolsonaro.
Lucro da Eletrobras dispara 305% no 2º tri
A estatal Eletrobras registrou lucro líquido de 5,56 bilhões de reais no segundo trimestre, salto de 305% na comparação anual, influenciado por ganhos obtidos com a reversão do patrimônio líquido negativo de sua distribuidora Amazonas Energia, privatizada no final do ano passado. A maior elétrica da América Latina, responsável por metade da transmissão e um terço da capacidade de geração no Brasil, somou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 1,35 bilhão, recuo de 62% na comparação anual. O Ebitda recorrente foi de 3,1 bilhão, 7,8% acima do registrado em igual período de 2018. A receita operacional líquida da companhia avançou 12,4%, para 6,6 bilhões de reais. A Eletrobras disse que a privatização da Amazonas Energia, vendida em dezembro a um consórcio formado por Oliveira Energia e Atem, levou a um ganho de 5,26 bilhões de reais com a reversão de patrimônio líquido negativo. A venda selou a saída da estatal do ramo de distribuição, no qual a Eletrobras controlava seis distribuidoras no Norte e Nordeste que foram negociadas ao longo do ano passado. A subsidiária do Amazonas era de longe a mais deficitária dentre elas.
Honda deixará de produzir automóveis na Argentina
A Honda anunciou nesta terça-feira, 13, que deixará de produzir, em 2020, automóveis em sua fábrica de Campana, na Argentina. Atualmente, a unidade produz o utilitário esportivo HR-V. Em nota, a montadora informou que a planta continuará produzindo motocicletas. “Visando fortalecer a estrutura do negócio de automóveis, diante das abruptas mudanças da indústria automotiva ao redor do mundo, a Honda tem buscado reforçar a coordenação e colaboração inter-regional, otimizando a alocação e capacidade produtiva de automóveis globalmente”, destacou em comunicado. A subsidiária da marca japonesa continuará atuando com a comercialização de automóveis e os serviços pós-vendas no país. A produção de motos na planta teve início em 2006 e, a de automóveis, em 2011. A unidade possui aproximadamente 1000 funcionários.
Argentina aprova empréstimo de US$ 500 mi do Banco Mundial
O governo da Argentina aprovou nesta terça-feira, 13, o contrato de empréstimo de 500 milhões de dólares (2 bilhões de reais) que o Banco Mundial (BM) autorizou no mês passado e que será assinado nos próximos dias, com o objetivo de financiar políticas de desenvolvimento da inclusão social no país. A informação foi publicada hoje em Diário Oficial. O Ministério da Fazenda ficará responsável de executar os projetos e administrar a utilização dos recursos. O governo informou que a meta é reforçar as bases para o crescimento econômico liderado pelo setor privado, reforçar as redes de seguridade social e melhorar a igualdade fiscal. O programa do Banco Mundial pretende contribuir através de medidas que melhorem a concorrência, diminuam as barreiras comerciais, facilitem o registro de novas empresas, fomentem o desenvolvimento dos mercados de capital e promovam o investimento privado em energias renováveis.
Ambientalistas protestam em embaixada brasileira de Londres
Um grupo de manifestantes atirou tinta vermelha na embaixada do Brasil em Londres em um protesto contra as políticas ambientais do governo de Jair Bolsonaro e contra o tratamento violento a povos indígenas. Os ativistas que protestaram nesta terça-feira, 13, pertencem ao grupo ambientalista Extinction Rebellion. A polícia foi chamada ao local e prendeu os ativistas. À Reuters, o grupo afirmou que o intuito do ato era desafiar o governo brasileiro sobre “abusos de direitos humanos sancionados pelo Estado”. Ainda de acordo com os ativistas, o ato foi programado para coincidir com uma marcha de mulheres indígenas em Brasília e que ações semelhantes ocorrerão em embaixadas brasileiras no Chile, Portugal, França, Suíça e Espanha. O movimento Extinction Rebellion atua no combate à mudança climática, perda de biodiversidade e proteção socioambiental.
Bachelet pede “investigação imparcial” sobre a violência em Hong Kong
A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, expressou nesta terça-feira, 13, sua preocupação com a repressão das manifestações pró-democracia em Hong Kong e pediu uma “investigação imparcial” na ex-colônia britânica. Bachelet “condena qualquer forma de violência e exige que as autoridades de Hong Kong iniciem uma investigação rápida, independente e imparcial” sobre o comportamento das forças de segurança, afirmou o porta-voz da Alta Comissária, Rupert Colville, durante uma entrevista coletiva em Genebra. Para a chefe do governo local, Carrie Lam, favorável a Pequim, a violência registrada durante os protestos em Hong Kong levará a cidade por um caminho sem retorno. “A violência, seja seu uso ou sua justificação, levará Hong Kong por um caminho sem retorno e afundará sua sociedade em uma situação muito preocupante e perigosa”, disse.
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