Tecnologia: Substantivo feminino que significa teoria geral ou estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios da atividade humana. Bom, essa é a teoria. Na prática, fazer tecnologia envolve muita ação. E foi “fazendo tecnologia” que o Filipe desenvolveu o ComuRede, um dispositivo que avisa sobre o abastecimento de água em comunidades e procura diminuir o problema do abastecimento de água irregular. Desde 2014, os moradores do bairro do Fonseca, em Niterói no Rio de Janeiro, usam a tecnologia para saber se vão enfrentar falta d’água.
Ele desenvolveu sensores de baixo custo, conectados por meio de uma rede comunitária, que informa os usuários por SMS e registra um histórico da disponibilidade do abastecimento.
O projeto do Filipe foi um dos selecionados para participar de incentivo ao desenvolvimento de tecnologia, em São Paulo. Com duração de dois meses, cinco projetos tecnológicos focados em impacto social, foram escolhidos para ter acesso a um espaço com computadores e infraestrutura. Tão importante quanto, os criadores têm contato com empreendedores mais experientes, que podem ajudá-los a transformar suas ideias e projetos em – quem sabe – negócios promissores.
Uma ideia na cabeça e muita ferramenta na mão. Pelo menos foi assim para que o projeto Lebraile saísse do papel. Trata-se de um equipamento que traduz um texto digital para a linguagem braile.
Motivados pela questão de como fornecer uma ferramenta digital para que um portador de deficiência consiga fazer uma leitura em braile, o começo foi difícil. Existia apenas um conceito, mas nada funcional. Foram vários protótipos, com erros e acertos, até chegar ao resultado.
Já para o Cleiton, a inspiração para o projeto Organic Life veio de uma tecnologia de 1930. Catador de materiais recicláveis na capital paulista, ele quis utilizar um biodigestor para produzir biogás, adubo e fertilizante, com a possibilidade de transformá-los em energia elétrica. Detalhe: o biodigestor também é feito de materiais recicláveis e vai ser utilizado por uma associação e catadores.
Ainda pensando em sustentabilidade, e na reaproximação das pessoas com plantas, já imaginou fazer uma estufa tecnológica dentro de uma geladeira? Essa é a proposta do projeto Plantrix: uma estufa automatizada que usa software e hardware livres.
Sensores coletam dados que informam o sistema, que, por sua vez, é capaz de tomar decisões para controlar a temperatura, a umidade, a luz, o pH, a concentração de nutrientes e CO2 e a ventilação.
Todos os projetos passarão pelas fases de desenvolvimento, produção, pesquisa e vão também ser postos à prova, em situações reais do dia a dia. Ao final, todos farão parte de um festival, quando os inventores terão a oportunidade de apresentar os projetos para o público. São iniciativas que mostram como a tecnologia pode ser o caminho mais curto entre uma boa ideia e um produto que pode melhorar a vida de muita gente.
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