São Paulo — Apesar de dois tiroteios trágicos em suas lojas em menos de uma semana, o grupo americano Walmart não pretende deixar de vender armas e munições em seus mercados.
“Estamos focados em apoiar nossos associados, nossos clientes e toda a comunidade de El Paso, Texas”, afirmou o porta-voz da empresa, Randy Hargrove, após o tiroteio de sábado passado que deixou 20 mortos.
Um homem de 21 anos abriu fogo com um fuzil em um mercado Walmart de El Paso no sábado, apenas quatro dias depois de um funcionário descontente matar dois colegas de trabalho e ferir um policial em uma loja da rede no Mississippi.
Após o ataque de El Paso, o diretor executivo do Walmart, Doug McMillon, publicou um texto no Instagram: “Eu não posso acreditar que estou escrevendo uma nota assim pela segunda vez em uma semana”.
“Meu coração está partido pela comunidade de El Paso, especialmente os associados e clientes do local 2201 e as famílias das vítimas”, escreveu.
“Estou rezando por eles e espero que vocês se unam a mim”, completou.
O fundador do Walmart, Sam Walton, adorava armas, a ponto da fabricante americana Remington ter atribuído seu nome a um modelo de rifle de caça. O gigante do varejo alega que tem como público-alvo os atiradores e caçadores esportivos.
O Walmart modificou sua política de venda de armas ao longo dos anos, como em 1993, quando parou de vender pistolas.
A empresa parou de vender fuzis semiautomáticos em 2015. Depois do tiroteio em Parkland, Flórida, em fevereiro de 2018, que deixou 17 mortos em uma escola do ensino médio, o Walmart aumentou para 21 anos a idade mínima para a compra de armas e munições em suas lojas.
Hargrove recordou que o “Walmart vai além da lei federal ao exigir que todos os clientes apresentem uma verificação de antecedentes antes de comprar qualquer arma de fogo”.
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