Chineses instalam app secreto para espionar telefones de turistas

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20190520013613_860_645 Chineses instalam app secreto para espionar telefones de turistas

Agentes de fronteira chineses estão instalando spywares nos smartphones de turistas que entram no país na região de Xinjiang. De acordo com o The Guardian e o New York Times, os visitantes são orientados a entregar seus aparelhos e revelar suas senhas antes de ultrapassar a divisa. Dessa forma, os oficiais podem espionar mensagens, redes sociais e contatos dos viajantes à vontade.

O spyware foi reportado por diversas publicações nesta terça-feira (2). Segundo relatos, para os iPhones, os agentes se limitam a conectar o aparelho a uma máquina que escaneia o conteúdo armazenado. No caso dos Androids, porém, a espionagem vai muito além: os oficiais instalam um aplicativo de spyware que, além de ler os arquivos, coleta vários dados do dispositivo.

A aplicação se chama BXAQ e é capaz de recolher informações de contatos do telefone, mensagens de texto, histórico de chamadas, marcações no calendário e quais aplicativos estão instalados no sistema, além de identificar o nome utilizado pelo usuário nesses apps. Ele ainda procura por mais de 73 mil arquivos no telefone, incluindo conteúdo extremista, como publicações do Estado Islâmico. Finalizada a inspeção, o programa sobe todos os dados coletados para um servidor.

Ops… esqueci de apagar!

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Ao que tudo indica, o aplicativo deve ser apagado logo após a conclusão da espionagem. No entanto, alguns agentes de fronteira esquecem de cumprir a tarefa em algumas ocasiões, o que leva à descoberta do app. A prática foi notada recentemente e apontada inicialmente por turistas que cruzaram a China a partir do Quirguistão. Portais de notícias procuraram especialistas para examinar o potencial de funções do spyware.

A China conduz, há um bom tempo, uma postura de vigilância intensiva em Xinjiang, onde há grupos étnicos minoritários, de maioria islâmica. O país teme perder o controle sobre a região, que é muito rica em recursos. Isso leva ao uso de sistemas de reconhecimento facial, aplicativos que facilitam a vigilância e campos de concentração violentos. As autoridades chinesas não responderam a pedidos de comentário sobre a situação.

Fonte: The Guardian, New York Times



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