As denúncias que pesam contra o ministro do Turismo de Bolsonaro

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São Paulo — Há cerca de três meses, o PSL de Minas Gerais é investigado por um suposto patrocínio de candidaturas laranjas durante as eleições do ano passado.

As suspeitas recaem principalmente sobre o ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio, que chefiava a sigla no estado naquela época.

Deputado federal mais votado de Minas Gerais no último pleito, com 230 mil votos, ele é acusado de desviar verbas públicas de campanha para empresas ligadas a seu gabinete na Câmara do Deputados. O caso foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, em 4 de fevereiro, e desde então a permanência no cargo de ministro tem sido cada vez mais questionada.

O governo nega que ele será demitido, mas nesta semana novas revelações trouxeram ainda mais complexidade às investigações, que estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público mineiro.

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No último sábado (13), a deputada federal Alê Silva (PSL-MG) revelou que o ministro a ameaçou de morte durante uma reunião com correligionários, no fim de março, em Belo Horizonte. 

A parlamentar prestou depoimento espontâneo à PF explicando o esquema de candidaturas, que ela confirma ter sido comandado por Álvaro Antônio. Hoje, está em busca de asilo político para si e sua família, que, segundo ela, também está sendo ameaçada.

A repercussão da denúncia da deputada gerou reações diversas, até mesmo dentro do PSL — partido do próprio presidente da República. A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) exigiu, via Twitter, a demissão imediata do ministro.

A líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), também se manifestou. Ela afirmou que “todas as providências cabíveis” devem ser tomadas se forem confirmadas as acusações da deputada.

Esquema de candidaturas laranjas

A primeira reportagem da Folha de S.Paulo denunciou que o comando nacional do PSL repassou 279 mil reais para financiar a candidatura de quatro candidatas mulheres do partido que tiveram um desempenho insignificante na eleição.

Mesmo tendo recebido as maiores verbas, juntas elas conseguiram pouco mais de 2 mil votos — o que é considerado um indicativo de candidaturas de fachada. Logo depois do repasse, ao menos 85 mil reais foram parar oficialmente na conta de quatro empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do ministro.

Como presidente do PSL mineiro, Álvaro Antônio tinha o poder de escolher as candidaturas e também de destinar o dinheiro necessário para o desenvolvimento das campanhas.

Denúncias

Em 5 de abril, a Polícia Federal afirmou que encontrou indícios da participação do ministro no esquema de candidaturas laranjas. Segundo os investigadores, estão sendo apurados os crimes de falsidade ideológica e de lavagem de dinheiro.

Para reunir as suspeitas, a PF e o MP disseram que receberam documentos que estão sendo considerados importantes para o inquérito — que não tem previsão para ser concluído. Além disso, as próprias candidatas prestaram depoimento e relataram situações semelhantes.

Cleuzenir Barbosa, candidata a deputada estadual pelo PSL de Minas, disse que que foi coagida por dois assessores de Álvaro Antônio a devolver 50 mil reais dos 60 mil reais de verba pública que havia recebido.

Zuleide Oliveira, também candidata a deputada estadual, contou que o ministro pediu que ela devolvesse parte da verba. Já Adriana Borges, candidata a deputada federal, relatou ter recusado a proposta de um assessor do ministro de repassar a ela uma quantia alta, contanto que devolvesse uma parte. 

Reação do Governo

Desde as primeiras revelações, o presidente Bolsonaro tem dito que é preciso esperar a conclusão das investigações pelas autoridades. Só depois, segundo ele, haverá uma decisão sobre a permanência ou demissão do ministro.

“Vamos aguardar o relatório da Polícia Federal. Só com acusação não vale”, afirmou Bolsonaro, ao observar que denúncias não são suficientes para que ele tome qualquer medida. “Com o relatório em mãos, vamos analisar.” 

Procurado para comentar sobre as novas denúncias da deputada Alê Silva, o governo afirmou que não vai se manifestar.





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