Lava-Jato em Curitiba nega ter vazado documento sobre Toffoli

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SÃO PAULO — Procuradores da força-tarefa Lava-Jato em Curitiba divulgaram nota oficial nesta quinta-feira para rechaçar a acusação de que informações sobre a relação do presidente do STF José Dias Toffoli com a Odebrecht tenham sido vazadas pelo Ministério Público. Para os procuradores, trata-se de uma “tentativa leviana” de vínculo e um esforço para “desviar o foco do conteúdo dos fatos noticiados”.

Os procuradores afirmam que o MPF acessou o processo onde constava o documento que originou a reportagem da revista digital Crusoé às 22h04m do último dia 11, duas após a publicação da reportagem da revista.

O documento mencionado na reportagem contém respostas de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa e colaborador, a questionamentos feitos pela PF sobre o significado de termos citados em alguns de seus e-mails. A petição foi apresentada por seus advogados à Justiça Federal em Curitiba.

“A acusação direcionada aos procuradores levanta suspeita sobre a isenção de quem a realiza e sobre a real intenção de quem os persegue”, encerraram os procuradores.

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Leia a íntegra da nota:

“Diante de especulações que surgiram no noticiário nos últimos dias, levantando suspeitas na tentativa de vincular supostos vazamentos a procuradores que atuam na operação Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR), a força-tarefa vem a público esclarecer que:

1. Certidão com informações extraídas do sistema eproc pela 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, disponível aqui, demonstra que os procuradores da força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) só acessaram os autos em que foi juntado o documento de que trata a matéria da Revista Crusoé intitulada “O amigo do amigo de meu pai” às 22:04h de 11/04/2019, portanto, após a publicação da notícia sobre o assunto no site da revista e no site O Antagonista. A referida matéria estava disponível, pelo menos, desde às 20:01h de 11/04/2019, conforme pode ser conferido aqui.

2. Portanto, a tentativa leviana de vincular o vazamento a procuradores da FT é apenas mais um esforço para atacar a credibilidade da força-tarefa e da operação, assim como de desviar o foco do conteúdo dos fatos noticiados.

3. Diante do fato de que o documento foi produzido por particular e que a ele potencialmente tiveram acesso várias pessoas, a acusação – infundada, como provado – ignora a participação de outros atores no inquérito. Nesse contexto, a acusação direcionada aos procuradores levanta suspeita sobre a isenção de quem a realiza e sobre a real intenção de quem os persegue.”



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