CAMPOS DO JORDÃO (SP) — O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu a reforma da Previdência, afirmando que ela irá estimular o crescimento do país e a redução das desigualdades e, por isso, é apoiada pela sociedade. Segundo Doria, poucos são aqueles que são contrários a essas mudanças.
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— Ativistas, vigaristas e comunistas, saibam de viva voz, aqui de Campos do Jordão, que a maioria dos brasileiros, os brasileiros de bem, querem o Brasil crescendo — afirmou o governador, na abertura do Fórum Empresarial Lide, que acontece na cidade de Campos do Jordão.
Já o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, que participa do evento, afirmou que há uma preocupação com a tramitação da reforma da Previdência, mas que a expectativa é que as mudanças nas regras de aposentadoria sejam aprovadas e pouco desidratada. Ou seja, sem perder muito da economia estimada pela equipe do ministro Paulo Guedes, de R$ 1,1 trilhão em dez anos.
— Estamos todos preocupados, em diferentes setores, com a reforma da Previdência. Mas também muito esperançosos de que saia e não muito desidratada. Isso é muito importante fazer os ajustes fiscais e, em seu bojo, outras reformas — disse Lazari.
Sobre os desentendimentos dos últimos dias entre parlamentares e o Executivo, Lazari afirmou que isso faz parte do processo de aprendizado de um novo governo e que espera pela “bonança”. No fim do mês passado, houve uma troca de farpas virtuais entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o que causou preocupação sobre o andamento da reforma. Já na última quarta-feira, a sessão da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara foi suspensa após discussão entre Guedes e deputados.
— Faz parte da curva de aprendizado de qualquer governo. Esses estresses que vimos, é normal. Como dizem, sempre depois da tempestade vem a bonança — avaliou.
Para Lazari, a aprovação da reforma deve atrasar um pouco, já que dificilmente será votada até junho. No entanto, acredita que até agosto será possível ver um avanço mais consistente da proposta. Segundo ele, essa sinalização deve acelerar a retomada da economia.
Demanda por crédito
Sobre a demanda por crédito, afirmou que ela se mantém constante no banco e que a carteira de empréstimos deverá ficar em dois dígitos. A projeção oficial do banco (guidance) está entre uma expansão de 9% e 13%.
— A demanda vem vindo bem e o crescimento do crédito deve ficar acima dos dois dígitos. O nosso foco está sendo nas pequenas e médias empresas. Elas ajudam a gerar empregos — explicou o presidente do Bradesco