Para diplomata, ida de Bolsonaro a templo cristão teria de ser coordenada com autoridades palestinas

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BRASÍLIA — A visita do presidente Jair Bolsonaro, prevista para esta segunda-feira, à basílica do Santo Sepulcro — o templo mais sagrado para o Cristianismo — sem uma prévia coordenação com as autoridades palestinas, é uma violação ao direito internacional, segundo o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben. Ele afirmou que o local está localizado em um território ocupado pelos israelenses, na cidade velha de Jerusalém.

— Visitar a igreja do Santo Sepulcro sem coordenar com autoridades palestinas é quebrar a tradição diplomática brasileira e internacional.  É reconhecer e legalizar a ocupação militar israelense de Jerusalém oriental, capital do estado da Palestina. É violar o direito internacional — afirmou.

Bolsonaro foi convidado pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, a visitar alguns territórios palestinos durante sua viagem a Israel. O convite foi feito em janeiro e reforçado em março. No entanto, o próprio ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, declarou, no fim da semana passada, que a visita a esses locais não estava programada.

Em 2010, durante viagem ao Oriente Médio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a Belém e a Ramallah, após visitar Israel. Lula também foi à Jordânia. Na época, era articulada a participação do Brasil em uma negociação entre israelenses e palestinos para uma paz duradoura.

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