Boeing convida pilotos e reguladores para sessão sobre planos para o 737 MAX

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ADDIS ABEBA e CINGAPURA — A A fabricante norte-americana de aeronaves Boeing anunciou nesta segunda-feira que convidou mais de 200 pilotos, técnicos e reguladores de voo de companhias aéreas mundiais para uma sessão, nesta quarta-feira, para informar sobre o andamento do processo de atualização do software dos 737 Max 8 e o treinamento dos profissionais, como parte dos esforços para compartilhar detalhes sobre seus planos para apoiar o retorno do modelo 737 MAX para voos comerciais. A reunião é um sinal de que o trabalho de atualização do software planejada pela empresa está quase pronto, embora ainda precise de aprovação dos órgãos reguladores.

A sessão de informações ocorrerá em Renton, Washington, na quarta-feira e faz parte de um plano para alcançar operadores atuais e futuros do 737 MAX, além de reguladores, informou a Boeing em comunicado. O 737 MAX é o avião mais vendido da Boeing, com pedidos de mais de US$ 500 bilhões a preços de tabela.

“Continuamos trabalhando de perto com nossos clientes e reguladores em atualização de software e treinamento para o 737 MAX”, disse a fabricante em comunicado. “A Boeing está pagando pelo desenvolvimento dessas atualizações”.

Equipes de três companhias aéreas norte-americanas que possuem jatos 737 MAX participaram no sábado de reunião em Renton para revisar a atualização de software planejada. Reguladores dos EUA se preparam para receber e revisar as atualizações nas próximas semanas, após acidentes fatais na Indonésia e na Etiópia.

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Nesta segunda-feira, em comunicado publicado nos principais jornais do mundo, inclusive no Brasil, o presidente e diretor-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, confirma os compromissos da companhia em garantir a segurança do 737 MAX, reforçando que lançará em breve atualização de software e treinamento correlato para pilotos do modelo.

“O trabalho está progredindo de forma minuciosa e rápida para sabermos mais detalhes sobre o acidente da Ethiopian Airlines e compreender as informações provenientes dos gravadores de dados de voo e voz da cabine do avião. Nossa equipe está no local com investigadores para apoiar a investigação e fornecer conhecimentos técnicos”, informou a fabricante na carta aberta veiculada nos jornais.

Durante o fim de semana, executivos da Ethiopian Airlines questionaram se a Boeing havia dito aos pilotos o suficiente sobre os softwares “agressivos” que empurravam o nariz do avião para baixo, o foco de investigação sobre um acidente fatal na Etiópia, neste mês, que fez com que mais de 50 países, incluindo os Estados Unidos e o Brasil, cancelasse as operações com o modelo. Nesta segunda-feira, no entanto, o presidente-executivo da Ethiopian Airlines informou que a companhia aérea continuará mantendo os laços estreitos com a fabricante de aviões Boeing, apesar de ainda haver dúvidas sobre o modelo 737 MAX 8.

Tewolde Gebremariam também prometeu trabalhar de perto com a investigação sobre o incidente de 10 de março, depois de relatos de que a investigação estava sob pressão porque as autoridades etíopes não estavam compartilhando informações com parceiros internacionais.

“Apesar da tragédia, a Boeing e a Ethiopian Airlines continuarão ligadas no futuro”, disse Gebremariam em um comunicado “A Ethiopian Airlines acredita na Boeing. Eles são nossos parceiros há muitos anos”.

No entanto, muitas perguntas sobre o 737 MAX “permanecem sem respostas”, acrescentou Tewolde, e um porta-voz da operadora disse que ele não tinha ‘‘planos imediatos’’ para participar da reunião promovida pela Boeing, sem dar mais detalhes.

Já a empresa indonésia Garuda foi confirmada para o briefing, disse o presidente-executivo da empresa aérea, Ari Askhara, nesta segunda-feira. Na semana passada, a companhia aérea nacional da Indonésia disse que planejava cancelar seu pedido de 49 jatos MAX 737, citando uma perda de confiança dos passageiros.

“Fomos informados na sexta-feira, mas como o prazo é curto, não é possível enviar um piloto”, disse Askhara, acrescentando que a companhia aérea solicitou uma conversa via internet com a Boeing, o que foi rejeitado.

Um porta-voz da Boeing informou que a reunião faz parte de uma série de sessões informativas presenciais.

A Boeing convidou à indonésia Lion Air, que sofreu um acidente com um 737 Max em outubro, confirmou o diretor-gerente da companhia aérea, Daniel Putut, que se recusou a fazer mais comentários. Já a Singapore Airlines disse que a SilkAir, que opera o 737 MAX, recebeu um convite para a reunião e enviaria representantes. Representantes da Autoridade de Aviação Civil de Cingapura também estarão presentes, disse uma porta-voz do órgão regulador.

A Korean Air Lines Co Ltd, que, antes do cancelamento das operações com 737 Max deveria receber seu primeiro aparelho deste modelo em abril, disse que planejava enviar pilotos para Renton. A transportadora sul-coreana de baixo custo Eastar Jet enviará dois pilotos, disse um porta-voz.



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