Bolsonaro minimiza resultado pesquisa que apontou queda de popularidade: ‘não tem credibilidade’

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BRASÍLIA — Um dia depois de pesquisa do Ibope apontar queda de 15 pontos na avaliação positiva (ótima ou boa) do governo do presidente Jair Bolsonaro desde janeiro, o mandatário disse nesta quinta-feira, no Chile, que não está preocupado com o resultado, porque o levantamento não tem credibilidade.

Bolsonaro minimizou a importância da pesquisa e ressaltou que o mesmo instituto apontou no ano passado que ele perderia para todos os adversários no segundo turno das eleições.

— Essas pesquisas têm o mesmo valor das pesquisas eleitorais do ano passado. Vários órgãos de pesquisas diziam que eu perderia para todo mundo. Não estou preocupado com pesquisa porque também não tem credibilidade no Brasil, assim como as eleitorais — declarou, minutos depois de embarcar no aeroporto internacional de Santiago, no meio da tarde.

Em transmissão ao vivo pelo Facebook na noite desta quinta-feira, o presidente afirmou ainda que foi “massacrado” em reportagem de “mais de dez minutos” exibida TV Globo falando sobre o seu índice de aprovação. O Jornal Nacional exibiu o resultado do levantamento em 4 minutos e 45 segundos.

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— Diz que eu caí 15 pontos, em primeiro mandato dos últimos presidentes eu era o pior possível — reclamou Bolsonaro.

Pesquisa

A pesquisa mostrou que o governo Bolsonaro é avaliado como ótimo ou bom por 34% da população. O número é igual aos do que consideram a gestão como regular, enquanto 24% classificam o governo como ruim ou péssimo.

Em janeiro, 49% responderam que achavam a administração ótima ou boa. Em fevereiro, o mesmo índice foi de 39%. Já a taxa de quem considera o governo ruim ou péssimo subiu 13 e cinco pontos, desde janeiro e fevereiro, respectivamente.

Bolsonaro tem a pior avaliação entre presidentes no início do primeiro mandato desde 1995, analisando o mês de março: Dilma Rousseff teve 56% em 2011, Luiz Inácio Lula da Silva ficou com 51% em 2003 e Fernando Henrique Cardoso marcou 41% em 1995.

Ele é mais popular, contudo, que Dilma e FH no início de seus segundos mandatos: 12% e 22%, em 2015 e 1999, respectivamente. Lula ficou com 49% em 2007.

Foram realizadas 2.002 entrevistas entre os dias 16 e 19 de março. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, ou seja, a probabilidade de os resultados retratarem a realidade é de 95%. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Eleição e urnas

Quase cinco meses depois de ser eleito para o Palácio do Planalto e 79 dias após tomar posse, Bolsonaro voltou a falar das eleições de 2018 e a questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas do país.

— Enfrentei muita gente (na minha eleição) que se diz saber de tudo, muito importante na política, com recursos financeiros, com tempo de televisão, etcetera. Mas conseguimos essa vitória em cima, inclusive, de uma urna eletrônica que nós vamos apresentar um projeto brevemente para que as eleições possam realmente ser auditadas no futuro, porque essa agora também a gente não teria como auditar — disse.

Bolsonaro disse ainda achar que só ganhou o pleito porque teve “muito voto”, o que dificultaria uma eventual fraude.

— Nós chegamos lá e estamos aqui cumprindo uma missão de Deus

— reiterou.



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