Depois de alguns anos de estrada, é natural que o seu carro necessite de reparos e perca valor de mercado. Entretanto, tenha em mente que alguns hábitos podem acelerar o desgaste das peças, gerando surpresas desagradáveis na hora de parar na oficina ou revender o veículo.
A boa notícia é que não é tão complicado evitar que problemas mais graves apareçam, basta mudar alguns hábitos de direção e rotina. Confira alguns que listamos abaixo:
1. Rodar com pouco combustível no tanque
Segundo uma pesquisa recente da Agência Autoinforme, que analisou preços de produtos e serviços automobilísticos, o motorista brasileiro gasta em média R$ 2.013,08 ao mês com combustível e manutenção.
Na correria do dia a dia, algumas pessoas se esquecem de parar no posto para abastecer o carro. O que muitos desconhecem é que esse hábito é péssimo.
Além da chamada pane seca, ou seja, quando o motor literalmente apaga por falta de gasolina, por exemplo. Outros componentes como a bomba elétrica são prejudicados.
A primeira dica é: mantenha sempre que possível um nível razoável de combustível para trafegar com mais segurança nas vias.
2. Mover o volante com o veículo estacionado
Uma brincadeira comum é fingir que está dirigindo movendo o volante com o carro parado. Apesar da prática parecer inofensiva, fazer isso com frequência causa sobrecarga na direção hidráulica, danificando peças do sistema ou até deixando o volante mais duro.
A segunda recomendação, portanto, é: evite mexer no volante com o carro parado.
3. Dirigir com o carro no ponto morto
Deixar o carro no ponto morto, ou “digirir na banguela” para tentar economizar combustível é uma medida paliativa que até funciona, entretanto, com o tempo isso prejudica o funcionamento dos freios, sem contar que é bem mais seguro acionar o freio com a marcha engatada.
Vale notar que esse hábito é considerado uma infração grave de trânsito, gerando multa de R$ 85,13 e 4 pontos na CNH.
4. Permanecer muito tempo com o carro parado
Deixar o carro parado por meses seguidos forma crostas de sujeira no tanque de combustível.
A recomendação é: caso o veículo fique parado por mais de quatro meses, o óleo pode formar borra. Nesse caso é preciso efetuar a troca antes de voltar a rodar com o veículo, evitando complicações graves que podem prejudicar o funcionamento pleno do motor.
5. Completar o radiador usando água corrente
Use sempre o aditivo correto determinado pela fabricante do veículo para evitar problemas no futuro. O principal é a necessidade de retificar o motor por falta de refrigeração correta, ou seja, ter que desmontar o motor para avaliar e trocar peças danificadas, como bronzinas, bielas e anéis, ou reparar componentes mais caros como o cabeçote.
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6. Deixar o pé na embreagem o tempo todo
Apesar de resistente, peças como disco de embreagem também sofrem desgaste com o tempo, sendo assim, o pedal da embreagem deve ser acionado apenas em caso de necessidade.
Manter o pé apoiado prejudica a vida útil das peças do disco e rolamento e superaquece o sistema, encarecendo e muito as manutenções de rotina. Portanto, nada de segurar o carro na embreagem nas subidas!
7. Trafegar com a mão apoiada no câmbio
Muitos motoristas ficam o tempo todo com a mão em cima da alavanca de câmbio para agilizar a troca de marchas. No entanto, saiba que isso pode gerar pressão extra nas engrenagens e anéis sincronizadores. Obrigado, no longo prazo, a troca desses componentes.
Segundo o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) dirigir usando apenas uma mão também é infração que gera multa de R$ 85,13 e quatro pontos na CNH.
8. Percorrer distâncias curtas com frequência
Trajetos curtos não permitem que o motor aqueça até a temperatura ideal. Quando a gasolina não está aquecida, acaba de formando uma crosta no motor, o que, com o tempo, dificulta a refrigeração.
Quem roda menos também emite mais gases, já que a taxa de carbonização do motor é superior em temperaturas mais baixas de operação.
9. Lavar o motor
Entre os itens que podem ser danificados pela água estão a central eletrônica, fusíveis, relés e o módulo da injeção eletrônica. A dica aqui é isolar os componentes sensíveis com sacos plásticos para evitar problemas.
Por fim, fazer alinhamento, balanceamento e calibragem dos pneus, e manter a troca de óleo do motor em dia também são deveres que devem fazer parte da rotina dos motoristas
Esquecer de trocar o óleo também gera mais atrito no motor, o que pode fundir a unidade em casos mais extremos. Também vale ficar atento à validade. O ideal é não rodar mais de 2 mil km com óleo vencido no motor, pois o produto perde eficiência.
No fim, estas são apenas algumas dicas para preservar o seu carro funcionando por mais tempo. A durabilidade, algumas vezes, também está relacionada ao bom projeto do veículo além do cuidado do dono.
Imagem principal: pathdoc/Shutterstock
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