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O número de prisões realizadas pela Polícia Civil de São Paulo em operações contra a adulteração de bebidas alcoólicas subiu de 30 para 41 neste sábado (4). As ações ocorreram na capital paulista, Diadema, Santo André, Jacareí e Jundiaí, e resultaram também na apreensão de milhares de materiais, como garrafas, rótulos de marcas conhecidas e equipamentos usados na produção irregular.
As operações fazem parte da força-tarefa do Governo de São Paulo montada para combater casos de contaminação por metanol em bebidas adulteradas. Até o momento, onze estabelecimentos foram interditados cautelarmente pelas equipes envolvidas.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o estado registra 162 casos de intoxicação por metanol, entre confirmados e em investigação. Desses, 14 foram confirmados, com duas mortes, ambas na capital. Outros 148 casos ainda estão sob análise, incluindo sete óbitos investigados.
Segunda morte causada pela intoxicação por metanol
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou neste sábado (4) mais uma morte por metanol, totalizando duas vítimas fatais confirmadas na capital paulista. Trata-se de um homem de 46 anos, que morreu na quinta-feira (2).
Segundo a pasta, a vítima começou a apresentar sintomas no dia 29 de setembro e foi atendido pelo Hospital Municipal Dr. Carmino caricchio, no Tatuapé, zona leste, mas não sobreviveu.
A primeira morte causada pela intoxicação por metanol foi a de um homem de 54 anos, confirmada em 15 de setembro. Outras dez mortes ainda são investigadas: sete em São Paulo, uma em Pernambuco, uma na Bahia e uma em Mato Grosso do Sul.
Até o momento, foram notificados 99 casos suspeitos de intoxicação por metanol no município de São Paulo. Desses, 13 casos foram descartados, 75 estão em investigação e 11 foram confirmados, incluindo as duas mortes.
Compra de antídotos
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na manhã deste sábado (5) a compra emergencial de antídotos para o tratamento de pessoas intoxicadas por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa em Teresina (PI).
Segundo o Ministério da Saúde, foram adquiridas 2.500 doses de fomepizol, medicamento usado no tratamento de intoxicações por metanol. A compra foi realizada por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o fornecedor é do Japão.
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