Tiago Reis ensaia reinado ao levar o Vasco à final da Taça Rio

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Tiago Reis, no fim do ano passado, dormia no alojamento de São Januário, um desconhecido dos juniores sob o teto que pulsava no ritmo da torcida cada vez que ela cantava o nome de Maxi López. A mudança de status dos atacantes revela muito do que é o futebol e a vida, capaz de proporcionar guinadas a todo instante. Foi Tiago, o novo xodó do Vasco, quem marcou o gol da classificação da equipe para a final da Taça Rio.

O garoto tinha atuação discreta até fazer 1 a 0 no Bangu, aos 12 minutos do segundo tempo, com uma cabeçada certeira diante de sua torcida, que esperou o atacante de 19 anos para um abraço coletivo na mureta da arquibancada do Maracanã. São momentos como esse, de contato direto, que estabelecem a relação afetiva entre jogador e seus torcedores.

 

A partida contra a equipe de Moça Bonita foi a terceira de Tiago Reis entrando desde o início. Ele chegou aos três gols marcados e à imunidade momentânea quanto à concorrência de Maxi López, antigo dono da posição, ausente da partida no Maracanã por causa de uma lombalgia e distante do coração do torcedor devido às más atuações neste começo de ano.

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– Tiago vem muito bem, é garoto de muita personalidade. Está aproveitando bem as oportunidades. Mesmo se o Maxi tivesse vindo para o jogo, não vou ser hipócrita, Tiago começaria jogando. Se estiver tudo bem fisicamente com ele, Tiago vai começar o próximo jogo também. Precisamos de calma para fazer certos elogios. As críticas são pesadas e às vezes os elogios também. É um garoto de personalidade, mas está começando agora – disse o técnico Alberto Valentim.

Domingo, será a vez de Tiago Reis enfrentar o Flamengo, que se classificou para a decisão ao vencer o Fluminense na quarta-feira. Se o pele a pele com a torcida conta pontos, brilhar contra o arquirrival serve de gabarito para qualquer um ser aprovado no teste da idolatria vascaína.

Entretanto, será preciso que a equipe aproveite melhor as chances criadas. Contra o Bangu, o Vasco sofreu ao esbarrar nos erros ofensivos e na grande noite de Jefferson Paulino, goleiro do Bangu. No segundo tempo, foi pressionado, ganhou os contra-ataques, mas jogou todos fora, com preciosismo incompreensível. Tanto que parte da torcida vaiou o time ao fim do jogo. Todos menos Tiago, o rei desta semifinal.



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