Secretário de Estado dos EUA ataca interferência de China e Rússia na Venezuela

124
Anúncio Patrocinado


SANTIAGO – O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, atacou a interferência de China e Rússia na Venezuela, acusando os dois países de sustentarem financeiramente o governo de Nicolás Maduro, além de classificar a presença militar russa no país uma “óbvia provocação”, nesta sexta-feira, primeiro dia de sua visita à região.

— China e outros estão sendo hipócritas ao pedir a “não intervenção” nas questões da Venezuela — afirmou Pompeo em discurso em Santiago, Chile, primeira parada de seu giro de três dias pelo continente, que inclui escalas no Paraguai, Peru e na cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela. — Suas próprias intervenções financeiras ajudaram a destruir o país.

 

Recebido no Palácio de La Moneda pelo presidente chileno, Sebastián Piñera, e posteriormente na chancelaria por seu titular, Roberto Ampuero, Pompeo defendeu as sanções impostas pelo seu país à Venezuela, afirmando que os Estados Unidos não são o “elemento maligno” na crise econômica e política da nação sul-americana, respondendo às críticas de que elas provocam falta de comida, medicamentos e outros itens básicos que apenas prejudicam o povo venezuelano.

Anúncio PatrocinadoQuero aparecer no Google

— Creio que eles (os críticos das sanções) entendem quem é o elemento maligno aqui, e acredito que eles verão que todos os países na região, inclusive dos Estados Unidos, estão realmente tentando ajudar — disse. — Existe um reconhecimento profundo de que este é um problema que dura anos e anos e com o resultado quase exclusivo de Maduro entregar as chaves do país a Cuba, e esse não é o tipo de sujeito que você quer que participe de uma conversa sobre como levar a democracia adiante.

Pouco depois do discurso de Pompeo, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou nova rodada de sanções contra empresas que fazem negócios com a Venezuela. Na lista estão três companhias de navegação sediadas na Libéria e uma na Itália, além de nove navios delas, alguns dos quais usados no transporte de petróleo venezuelano para Cuba, outro país rival dos EUA na região.

“Continuaremos a mirar empresas que transportam petróleo venezuelano para Cuba, pois elas estão lucrando enquanto o regime de Maduro pilha recursos naturais”, afirmou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, em um comunicado. “O petróleo da Venezuela pertence ao povo da Venezuela, e não deve ser usado como ferramente de barganha para sustentar ditadores e prolongar a opressão.

Pompeo segue ainda nesta sexta-feira para o Paraguai, na primeira visita de um secretário de Estado americano ao país desde 1965, gesto que analistas dizem destacar o compromisso dos EUA com a América do Sul, que ele pediu continuar trabalhando pela saída de Maduro do governo da Venezuela.

— Os EUA e seus aliados não vão desistir desta luta e continuarão apoiando os corajosos venezuelanos que estão lutando pela democracia em seu próprio país — afirmou o secretário de Estado americano. — Continuaremos a isolar Maduro.



Fonte do Artigo

Anúncio