População carioca critica falta de zelo da prefeitura com conservação, saúde e educação

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RIO — O prefeito
Marcelo Crivella disse que o Rio “é uma esculhambação completa”
. O termo usado pelo gestor da cidade em um evento fechado com servidores municipais, na Taquara, teve grande repercussão e pode ser facilmente compreendido numa rápida visita ao dicionário. Nele, há sinônimos como anarquia, desordem e, o mais popular, bagunça. Mas nada explica melhor o significado do que as próprias ruas do Rio e a situação de algumas unidades de saúde e até mesmo de escolas.

Um passeio da Zona Norte à Zona Sul já dá uma boa ideia do que se trata. Numa ronda de duas horas, foi possível encontrar moradores com queixas sobre alagamentos, papeleiras quebradas e, muitos, muitos, buracos. Na Rua Barata Ribeiro, em Copacabana, em frente à Ótica Rio de Janeiro, pedestres e motoristas precisam driblar uma cratera de dois metros de comprimento que está aberta há mais de um mês. Durante um temporal, uma árvore caiu, arrebentando o canteiro. A menos de 300 metros dali, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, na altura do número 619, um buraco na calçada fez aniversário de seis meses. Ganhou de presente uma espécie de sinalização, feita com madeira.

A má conservação e a falta de papeleiras foram criticadas por Elaine Pereira, de 32 anos. Na Avenida Francisco Bicalho, no Centro, pelo menos três equipamentos estavam sem o balde coletor e contavam apenas com a tampa. Na saúde, a falta de equipamentos é um capítulo à parte. Na última segunda-feira, Crivella inaugurou o primeiro dos 11 tomógrafos comprados pela prefeitura, que poderiam ser um alento num Rio que vive o drama de só ter três equipamentos funcionando em unidades de emergência. Ele prometeu que o novo tomógrafo do Hospital Salgado Filho, no Méier, realizaria 4 mil exames por mês. Só que o aparelho ainda não funciona porque falta “calibragem”. Na educação, o improviso causa indignação. Somente ontem a Escola Municipal Renato Leite recebeu a visita de uma equipe de obras, após cinco meses com uma das entradas sustentada por tapumes de madeira e uma marquise ameaçando despencar.

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Estagiária, sob a supervisão de Leila Youssef

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Leia a reportagem na íntegra.



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