No Dia Nacional do Livro Infantil, Caetano Veloso, Taís Araújo e outros lembram obras que marcaram sua formação

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Caetano Veloso, compositor:
“Eu tinha 14 para 15 anos quando li ‘O jovem audaz no trapézio volante e outras histórias’, de William Saroyan (
há uma outra tradução que usa ‘trapézio voador’
). Esse livro me impressionou muito, é uma coisa meio fora do eixo. É um livro de contos, e um dos contos tem esse título também. Há outro conto, ‘Setenta mil armênios’… É incrível! Um livro escrito de forma diferente; para mim, foi a coisa mais moderna.

 

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Letícia Novaes, cantora e compositora:
“‘Curiosidade premiada’, de Fernanda Lopes de Almeida, mudou a minha vida, porque tal qual a personagem, a Glorinha, eu sempre fui muito curiosa e isso às vezes é visto como uma chatice. Alguns adultos ficavam no ‘ai que saco, cala a boca, tudo você quer saber…’ Esse livro, que minha mãe maravilhosa me deu, mostra que não, que a curiosidade pode te levar a lugares muito profundos e criativos.”

 

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Drica Moraes, atriz:
“Me marcaram muito ‘O menino do dedo verde’, ‘Uma rua como aquela’, ‘Flicts’… Livros que falam do afeto e da necessidade de ser aceito no mundo, do ponto de vista da criança e do adolescente, e que tratam da superação do sentimento de rejeição, de inadequação.”

 

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Teresa Cristina, cantora e compositora:
“De ‘Dom Quixote’, do Cervantes, eu me lembro muito. Minha madrinha era professora e tinha muito livro na estante. Eu passava as férias na casa dela, no Méier, e ficava tentando acabar o livro, que era muito grande. Lembro de ler Jorge Amado por conta da presença dos palavrões. Era a oportunidade que eu tinha de entrar em contato com uma linguagem proibida para mim. ‘Tieta’, ‘Dona flor e seus dois maridos’, ‘Capitães de areia’…”

 

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Leandro Vieira, artista visual  e carnavalesco da Mangueira:
“Eu me lembro de ‘O cortiço’, de Aluísio Azevedo, ter sido matéria de prova de literatura e, por consequência, ter se transformado numa leitura obrigatória. Foi o meu primeiro contato com o universo literário. E Jorge Amado é o meu autor favorito. Eu era um adolescente que não havia pisado em solo baiano e já conhecia a Bahia de olhos fechados por causa de sua obra. ‘Mar morto’ tem cor, cheiro e gosto.”

 

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Fernanda Torres, atriz e escritora:
“Muitos livros marcaram minha infância, como o ‘Sítio do Pica-pau Amarelo’. Foi Monteiro Lobato que me apresentou ao nosso folclore e me fez querer ser a intempestiva Emília e o sábio Visconde, tanto quanto eu sonhava ser a Bela Adormecida e a Cinderela. O ‘Sítio’ foi muito importante para minha identificação com o Brasil. Lendo para meus filhos, na hora de dormir, completei várias lacunas. Acho que fui duas vezes criança.”

 

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Nelson Motta, jornalista e escritor, colunista do GLOBO:
“O primeiro livro adulto que eu li foi ‘Gabriela cravo e canela’, do Jorge Amado. Eu tinha uns 13, 14 anos e marcou profundamente a minha vida. Não é propriamente infanto-juvenil. É um romance maravilhoso, que me mostrou a sensualidade, a paixão, o amor, os preconceitos da época (muitos continuam até hoje), aquele mundo maravilhoso de intensa brasilidade. Recomendo a todo mundo!”

 

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Walter Carvalho, cineasta:
“Quando eu tinha uns 15 anos, meu irmão Vladimir, que trabalhava com cinema, apareceu com o livro ‘The red balloon’, do filme homônimo de Albert Lamorisse, premiado no festival de Cannes em 1956. É um filme que não tem palavras, a narrativa é a partir da imagem. Mas quando você lê o livro, entende a história. É impressionante o poder que a imagem tem de narrar. É encantador, e me influenciou subjetivamente no meu trabalho com imagem.”

 

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Ernesto Neto, artista visual:
“‘O menino do dedo verde’, do Maurice Druon, e ‘Flicts’, do Ziraldo, me impactaram muito. O ‘Flicts’ tem aquela imensidão das cores, é um livro mágico, onde terminamos na Lua. Já com o menino do dedo verde me identifico. Tistu é a maior lembrança que tenho. Precisamos muito de meninos e meninas como ele. De alguma forma ele está presente em mim e deveria estar mais ainda. Sinto que ainda o trago dentro de mim.”

 

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Xande de Pilares, cantor e compositor:
“‘Elisete Cardoso, uma vida’, de Sergio Cabral, foi o primeiro livro que li e influenciou não só a minha adolescência, mas minha infância também, dos 12 anos para frente. Tenho uma mania: quando me emociono com a plateia, bato palmas para ela, ou faço um verso de improviso, ou paro o show e agradeço. Esse livro me deu educação. Não só a minha formação como ser humano, cidadão, mas minha educação musical veio dele.”

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Maria Ribeiro, atriz e escritora, colunista do GLOBO:
“‘Cartas a um jovem poeta’, de Rainer Maria Rilke, foi um dos livros mais importantes da minha adolescência. Li quando tinha 17 anos, por indicação da Camila Amado. É num momento em que a gente fica sem saber o que escolher, é um pouco jovem para decidir o que vai ser da vida pra sempre. Ele fala do sentimento de urgência, de ter que escrever, senão a pessoa vai morrer. Me marcou profundamente.”

 

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Taís Araújo, atriz:
“Quando adolescente, eu era uma leitora voraz. Era maluca pela Cleópatra, e ainda sou. ‘As memórias de Cleópatra’, trilogia escrita por Margaret George, é uma biografia romanceada, e acho que hoje nunca a leria. Mas os livros fazem sentido dependendo do momento em que você está. Hoje leio menos, porque as redes sociais fazem isso com a gente. Esse ano fiz um desafio para mim, que é o de ler pelo menos um livro por mês, e tenho conseguido.”

 

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Sophie Charlotte, atriz:
“‘Ou isto ou aquilo’, de Cecilia Meireles, foi um livro que me marcou. Ainda criança Cecilia me chamou a atenção e me fez ler outras poesias. Não importa se é poesia, prosa, biografia… O importante é criar o interesse pela leitura nas crianças e nos adolescentes. O Otto
(filho da atriz)
toda noite tem o momento da leitura. Antes de dormir, lemos um livro pra ele, e espero que a gente esteja contribuindo para a formação de um pequeno leitor.”

 

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Laerte, cartunista:
“Acho que tinha uns 13 anos quando li ‘O egípcio’, de Mika Waltari. Foi marcante. Sempre gostei de histórias que se apoiassem em fatos do passado. Acho que uma raiz disso pode estar em Monteiro Lobato, em como ele levava os personagens do ‘Sítio’ para outros cenários e épocas. Eu tinha um modo meio multimídia de viver a experiência de um livro —fazia pontes com informações históricas, filmes, peças de arte, e também ensaiava versões em quadrinhos.” <SW>

 

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Eduardo Barata, produtor teatral:
“’O pequeno príncipe’ (de Saint-Exupéry) mexeu muito comigo e com uma geração inteira. A ilusão, a viagem pelos planetas, uma vida tão diferente da minha… Aquilo tudo provocou em mim uma vontade de sair do meu casulo. Meu pai obrigava a gente a ler Monteiro Lobato, e o livro do qual mais me lembro é ‘As reinações de Narizinho’. Eu usava o pó de pirlimpimpim para tudo, e com ele me transportava para outro lugar”.



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