O escritor João Carlos Marinho estava internado no Hospital Sancta Maggiore, na Mooca, desde fevereiro, e morreu neste domingo (17). O corpo será sepultado às 16h, no Cemitério da Consolação. A informação foi confirmada pelo filho de Marinho, o músico Beto Furquim, pelo Twitter.
Sua obra O Gênio do Crime, livro infanto-juvenil que narra as aventuras de uma turma de amigos que descobrem uma fábrica de figurinhas falsas, completou 50 anos de publicação em fevereiro. O título deu início a uma série de treze livros intitulada As Aventuras da Turma do Gordo. Sangue Fresco, uma das obras da sequência, rendeu ao autor o Prêmio Jabuti de 1982. Outro do conjunto, Berenice Detetive, ganhou o Prêmio Mercedes-Benz de 1988. Marinho é reconhecido como um dos expoentes da renovação da literatura infanto-juvenil nos anos 70.
Nascido no Rio de Janeiro em 1935, o escritor morou em Santos e depois em São Paulo, onde cursou o ginásio. Fez o colegial na Suíça e posteriormente retornou para a capital, onde se formou na Faculdade do Largo de São Francisco (USP), em direito. Exerceu a profissão durante 26 anos, quando em 1987 passou a viver de direitos autorais de suas obras.
Marinho também escreveu para o público adulto. Publicou romances como Professor Albuquerque e a Vida Eterna, de 1973, e Pedro Soldador, de 1976, além do livro de contos Pai Mental e Outras Histórias, de 1983.