Com 109 dias de governo, começaram a rolar os dados da loteação política da estrutura federal em nome da governabilidade. Jair Bolsonaro piscou. Na terça-feira, em conversas ao longo do dia na residência oficial da Presidência da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia apresentou aos líderes da Casa uma lista elaborada por Onyx Lorenzoni, com as estatais que o governo topa fazer loteação política, no segundo escalão, em troca do apoio pela reforma da Previdência.
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São elas: Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal (nos estados), Codevasf, CBTU e FNDE. Numa só tacada, portanto, serão loteados politicamente…
– dois bancos públicos, sendo que um deles, a Caixa, foi um dos maiores focos de corrupção nos últimos anos;
– a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), histórico foco de corrupção e caríssima aos políticos do Nordeste, interessados em clientelismo e em algo mais;
– a Comissão Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), outro quintal de corrupção histórico, pelo qual políticos mal-intencionados de todo o país salivam;
– o Fundo Nacional de Educação, com orçamento previsto para 2019 de R$ 55 bilhões, um dos grandes caixas da educação pública brasileira.
Sudam e Sudene também podem entrar no jogo.
Ninguém definiu nada nessas que foram as primeiras conversas sobre como se dará a entrega de cargos em troca dos votos da Previdência. E alguns partidos apresentaram ambições bem maiores do que os cargos de segundo escalão oferecidos.
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