São Paulo — A Justiça de Alagoas determinou liberação de 15 milhões de reais de um total de 100 milhões bloqueados da Braskem para pagamento de aluguel a famílias atingidas por fenômeno de afundamento e rachaduras no solo em Maceió.
Em despacho publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial judiciário de Alagoas, a Justiça do Estado determinou a liberação dos recursos para pagamento de seis meses de aluguel social, de 1.000 reais, para 2.500 famílias moradoras da área mais crítica do bairro Mutange.
Os 100 milhões de reais foram bloqueados pela Justiça alagoana em abril, numa ação que busca garantir indenizações à população afetada por fenômeno geológico ocorrido em bairros próximos a áreas de extração de salgema, anteriormente operadas pela Braskem. O valor é parte dos 6,7 bilhões de reais requeridos pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas.
Segundo o despacho publicado, a defesa da Braskem “manifestou-se contrariamente ao pedido” de liberação dos 15 milhões de reais e “entendeu indevido o levantamento dos valores pleiteados pelos autores…seja por conta de inexistência de sentença judicial, na qual houvesse condenação, sem o devido transito em julgado”.
A defesa ainda afirmou que o Ministério Público Estadual e a Defensoria Pública não poderiam fazer o pedido dos valores em nome da prefeitura de Maceió.
Na decisão, a Justiça alagoana determinou que a prefeitura de Maceió será administradora dos 15 milhões de reais liberados do total bloqueado de recursos da Braskem. “Não há o que falar que tal determinação, a transferência do montante pleiteado, implique em desfalque para a requerida (Braskem), porquanto,…a mesma obteve um lucro líquido de 7,1 bilhões de reais”, segundo o despacho publicado.
Às 13h37, as ações da Braskem exibiam alta de 0,6 por cento, em linha com a variação do Ibovespa.
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