Indústria de eletrônicos cai 7% em fevereiro — e março promete ser pior

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A produção da indústria elétrica e eletrônica caiu 7% no mês de fevereiro de 2020 em relação ao mesmo mês do ano passado. É o que demonstram os dados divulgados pelo IBGE agregados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, a Abinee. O resultado foi influenciado, principalmente, pela queda de 10,6% na produção de bens eletrônicos, uma vez que a área elétrica registrou retração mais modesta, de 3,6%.

“Esse desempenho negativo na produção de produtos eletrônicos já era esperado devido ao impacto do novo coronavírus”, diz o presidente-executivo da associação, Humberto Barbato. Segundo ele, os fabricantes de produtos de celulares e computadores foram os primeiros a serem afetados pela pandemia do coronavírus (Covid-19), em função de problemas no recebimento de materiais, componentes e insumos provenientes da China, quando o surto estava concentrado apenas no país asiático.

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Segundo ele, os dados de retração do mercado devem ser piores em março, mas por motivos diferentes. “As vendas terão uma queda sensível, não mais pela falta de componentes vindos da China, mas porque as pessoas não estão comprando. O consumidor pode até ir a um desses supermercados maiores, que vendem televisores e computadores, mas não é o que ele vai comprar neste momento”, diz Barbato. Apesar da Abinee ainda não ter dados consolidados sobre o mês de maio, o presidente da associação afirma que, em conversas preliminares com as empresas, a indústria relata que apenas 14% delas estão trabalhando em ritmo normal. Barbato, porém, tem uma pequena esperança para os próximos meses: a conversão temporária de empresas de tecnologia para produzir respiradores artificiais, para o tratamento de pacientes afetados pelo coronavírus. “Talvez a gente consiga de alguma maneira ganhar algum tipo de produção é a transformação de fábricas”, diz ele.

Os dados de produção física do IBGE mostraram redução na produção de bens eletrônicos. São eles os equipamentos de comunicação, que tiveram queda de 19,3%; de bens de informática, que recuaram 10,5%; os aparelhos de áudio e vídeo, com baixa de 12,1% nas vendas; e instrumentos de medida, com queda de 3,4%. Por outro lado, a produção de componentes eletrônicos cresceu 23%. Na área elétrica, a retração observada sofreu influência da queda na produção de lâmpadas, de 13,8%; geradores, transformadores e motores, que recuaram 8,7%; de pilhas e baterias, com retração de 7,6%, e de outros equipamentos elétricos não especificados anteriormente, que caíram 16,5% — grupo em que estão classificados os aparelhos elétricos de alarme para proteção contra roubo ou incêndio e eletrodos, escovas. 

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