RIO- O governador Wilson Witzel disse, nesta quinta-feira, que pretende instalar uma ocupação em algumas comunidades da Praça Seca, em Jacarepaguá, na Zona oeste do Rio. Witzel deu a declaração durante a solenidade realizada na Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte, para entrega de 30 carros da Alerj, que foram cedidos para a Polícia Civil.
O governador não deu detalhes e nem estipulou prazo para a ocupação ocorrer. Ele ainda chamou de terroristas milicianos e traficantes que disputam território na região.
Nesta quinta-feira, o EXTRA publicou matéria revelando que grupos paramilitares têm usado uma espécie de boleto para cobrar taxas de segurança de moradores da região da Praça Seca. Nesta quarta-feira, milicianos e traficantes voltaram a trocar tiros na Praça Seca. Por conta do tiroteio, o serviço do BRT chegou a ser paralisado durante algumas horas.
— Ali (Praça Seca) tem a milícia disputando espaço com o tráfico. E é uma área que tem uma desordem urbana gigantesca. Você tem ali a comunidade que é usada como escudo para impedir que a polícia progrida no terreno e entre em confronto. Esses terroristas dominam aquela região e dificultam muito o trabalho da polícia. Nós vamos trabalhar de forma a conseguir prendê-los sem a necessidade de entrar em confronto. A polícia está agindo para fazer um cerco para começar a prender aqueles que lá estão e, de alguma forma, instalar ali uma ocupação que torne em definitivo aquele território completamente sem a milícia e sem o tráfico de drogas. É um processo investigativo e depois um processo de ocupação. Nós não abandonamos o processo das UPPs. Nós vamos melhorá-lo — disse Wilson Witzel.
Durante o confronto desta quarta-feira, milicianos chegaram a roubar um carro de um prestador de serviço do BRT, que foi usado pelo bando para fugir da comunidade do Bateau Mouche.
A favela é dominada atualmente pelo tráfico e sofreu uma nova tentativa de invasão do grupo paramilitar.