Empresas adaptam rotina e criam até cumprimento para diminuir contato

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O ritmo frenético das avenidas Faria Lima, Paulista e Berrini, os centros financeiros da cidade, teve de desacelerar, e as empresas adaptam suas rotinas para não perder produtividade por causa do coronavírus. A direção do Bradesco, por exemplo, estimula seus 29 535 funcionários na Grande São Paulo a trabalhar em casa (o famoso home office). O regime é obrigatório no caso de grávidas e maiores de 60 anos, que fazem parte do grupo de risco. Além de adotar as mesmas medidas, Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil, criou um gesto para substituir os tradicionais apertos de mão entre as pessoas: olhar nos olhos, sorrir e levar as duas mãos ao peito, na região do coração. O novo cumprimento acabou virando uma campanha publicitária e passou a ser empregado no relacionamento entre funcionários e também com os clientes nas agências. “É um gesto de carinho, respeito e preocupação que nos mantém próximos”, explica o executivo.

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Sérgio Rial, presidente do Santander: novo gesto para cumprimentar funcionários e clientesGermano Lüders/Veja SP

Na carona do movimento de empresários americanos #StoptheSpread (em português, algo como “Pare a contaminação”), mais de 320 CEOs assinaram um manifesto batizado com as hashtags #Stopthe SpreadBR e #lideres contraocoronavirus. Nele, o primeiro mandamento é adotar imediatamente o home office para a equipe. As reuniões foram substituídas por teleconferências por meio de aplicativos que oferecem esses serviços gratuitamente, como Skype, Zoom ou Discord. Além disso, o texto prega o não rompimento de contrato de funcionários ou colaboradores e a não estocagem de material, bem como o adiamento ou cancelamento de qualquer tipo de evento corporativo, de viagens de trabalho a happy hour. Essas medidas também foram recomendadas pelo Ministério Público do Trabalho.

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Luciano Tavares: CEOs tomam medidas contra a expansão do coronavírusDivulgação/Veja SP

“Toda a nossa equipe está trabalhando de casa”, diz Luciano Tavares, CEO da fintech Magnetis, que criou a ação ao lado de Camila Junqueira, diretora-geral da Endeavor Brasil. Tavares tem cerca de 100 pessoas no grupo, entre funcionários e colaboradores, e aproximadamente setenta trabalham no escritório em Pinheiros, que ficou desativado. “A empresa terceirizada de limpeza, por exemplo, não terá tanto trabalho com as salas vazias. Mas vou pagar o mesmo; afinal, se todo mundo reduzir contratos, a recessão vai se agravar”, acredita. O empresário diz que não tem saído de casa nem para treinar. “Suspendi minha aula semanal de jiu-jítsu com o personal trainer, mas não o pagamento. Essas classes serão compensadas assim que voltarmos a circular normalmente”, espera o empresário.

No Grupo Gaia, além de ter o escritório com tobogã e as salas de “descompressão” na Vila Olímpia esvaziados, a viagem de confraternização de 61 funcionários à Disney, no último sábado (14), foi adiada. “Remarcamos para 11 de setembro. É uma data complicada, por causa do aniversário do atentado das torres gêmeas em Nova York, mas o pessoal entendeu”, diz o CEO João Paulo Pacifico. O coworking Eureka, na Avenida Paulista, ficou praticamente às moscas na terça (17), com apenas vinte pessoas ocupando os cinco andares do negócio. “Três novos contratos grandes estavam praticamente fechados, mas as empresas preferiram esperar”, afirma o sócio Daniel Moral.

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Nessa São Paulo temporariamente mais vazia, os pequenos comerciantes temem sentir o maior impacto. De acordo com Joseph Couri, presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, só 11% desse setor tem capital de giro para rodar um mês ou mais.

Na quarta (18), o governador João Doria sugeriu o fechamento dos shoppings a partir da próxima segunda para evitar a propagação do vírus. “A maioria dos comerciantes não está preparada para ficar um mês ou mais sem funcionar. O prejuízo será incalculável”, reclama Tito Bessa Jr., presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos). A entidade representa pontos de até 180 metros quadrados em shoppings, segundo estimativas, e isso significa 87% da ocupação desses empreendimentos. “Pagamos, em média, entre 200 reais e 400 reais o metro quadrado por mês de taxas aos locadores. Precisaremos negociar isenções, mas, até agora, não há acordos”, diz Bessa. Procurada, a assessoria de imprensa da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) afirma que ainda estuda medidas para essa fase especial. “Quando o ambiente é de incerteza, não há como fazer projeções. O ideal é evitar o pânico”, pondera Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).



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