Deputado pede que Doria explique reformas no Palácio dos Bandeirantes

O deputado estadual Paulo Fiorillo (PT-SP) protocolou nesta quarta-feira (27) na Assembleia Legislativa de São Paulo um pedido para que o governador João Doria explique as reformas realizadas no Palácio dos Bandeirantes.

Conforme antecipou a VEJA SÃO PAULO na semana passada, o tucano realizou uma série de mudanças na decoração da sede do governo sem informar quanto gastou com as obras. O projeto é de autoria de Joia Bergamo, uma decoradora de luxo da capital, que é amiga de Doria.

O governo Doria nega que as obras tenham tido um decorador responsável. Mas várias fotos postadas no Instagram de amigos do governador indicam o contrário. Além disso, uma assessora do Palácio dos Bandeirantes informou à reportagem que o projeto tinha sido doado por Joia a Doria.

No pedido, Fiorillo questiona o governador quanto foi gasto com a reforma, quem realizou a obra, se houve licitação para ela e como funcionou o processo de escolha de Joia Bergamo como responsável pelo projeto. Joia Bergamo participou da construção do muro de vidro da raia olímpica da Universidade de São Paulo (USP). Nessa época, Doria era prefeito de São Paulo.

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A reforma feita por Doria mudou consideravelmente a cara dos ambientes internos do Palácio. As obras repaginaram áreas como o Salão de Despachos e o antigo Salão dos Pratos, hoje chamado de Sala São Paulo. Elas também serviram para redecorar a ala residencial da sede do governo. As paredes, antes em tons claros, foram pintadas em tons de cinza, preto e grafite. Os detalhes em madeira que prevaleciam nos ambientes também foram modificados.

Como Doria optou em continuar morando em sua mansão no Jardim Europa, a ala íntima do palácio se transformou no local de trabalho do tucano. É lá onde fica o seu gabinete. Funcionários do palácio informaram que o governador mandou, inclusive, construir um banheiro um banheiro exclusivo para ele.

Em nota, a assessoria de imprensa de Doria informou que as reformas feitas na sede do governo eram para “manutenção de um prédio público”. Questionada mais de uma vez pela reportagem, a assessoria não informou quanto foi gasto com as obras. Disse apenas que o dinheiro estava previsto no Orçamento.

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