A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta que o setor deve crescer 2,8% no próximo ano, impulsionando o desenvolvimento da economia em 2020, que deve avançar 2,5%, segundo boletim divulgado nesta terça-feira, 17. “As empresas iniciarão o ano com condições financeiras mais favoráveis, com taxas de juros mais baixas e menor endividamento. Além disso, a ociosidade dá os primeiros sinais de queda, ao mesmo tempo que as expectativas seguem otimistas”, justificou a entidade, em relação à perspectiva para a formação bruta de capital fixo.
Em seu boletim sobre a economia brasileira em 2019 e 2020, a CNI previu que o consumo das famílias subirá 2,2% no ano que vem, ao passo que o consumo do governo terá alta de 0,6%. Já a contribuição do setor externo para o PIB será negativa em 0,3 ponto percentual. Pela ótica da oferta, a expectativa da CNI é de um aumento de 3,0% da agropecuária, 2,8% da indústria e 2,1% do setor de serviços. Se confirmada, a expansão de 2,8% para a indústria seria a mais alta desde 2011.
“Temos observado uma reação do setor de construção”, pontuou o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, acrescentando que os juros mais baixos estão contribuindo de maneira decisiva para esse aquecimento.
A alta esperada para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 pela CNI é um pouco mais otimista que o avanço de 2,25% enxergado pelo mercado, conforme a última edição do Boletim Focus, divulgada na segunda-feira. Já para este ano, a estimativa da CNI é de aumento de 1,2% do PIB, ante 1,12% da pesquisa Focus.
Pelos cálculos da CNI, os investimentos devem avançar 2,8% este ano e o consumo das famílias 1,9%. Em contrapartida, o consumo do governo deve cair 0,2% e a contribuição do setor externo será negativa em 0,6 ponto. Para a entidade, a agropecuária exibirá um avanço de 1,7% em 2019, seguida pelo setor de serviços, com expansão de 1,4%, e pela indústria, com aumento de 0,7%.
(Com Reuters)
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