Adolescente palestino morre por disparos israelenses em protesto em Gaza

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Cidade de Gaza — Um adolescente palestino morreu neste sábado (30) por disparos do exército de Israel durante os grandes protestos que acontecem nos arredores da cerca fronteiriça entre a Faixa de Gaza e Israel, que acontecem por ocasião do primeiro aniversário da Grande Marcha do Retorno e do Dia da Terra, informaram fontes médicas palestinas.

A vítima, identificada como Adam O’Marrah, de 17 anos, foi atingida por um tiro na cabeça, segundo funcionários do Crescente Vermelho da Palestina, que acrescentaram que cerca de 100 pessoas ficaram feridas em enfrentamentos com as tropas israelenses, dez delas por disparos de arma de fogo.

A morte desta tarde se soma a de outro jovem, de 21 anos, que faleceu esta manhã após ser atingido por disparos do exército israelense ontem à noite durante os protestos noturnos na fronteira.

No total, cerca de 40 mil pessoas compareceram neste sábado às mobilizações nos arredores da cerca fronteiriça entre Gaza e Israel por ocasião do primeiro aniversário da Grande Marcha do Retorno, um protesto que se repete semanalmente e no qual os palestinos exigem o retorno dos refugiados e o fim do bloqueio israelense sobre a Faixa, que vigora desde 2007.

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Nas marchas de hoje, os manifestantes se reuniram em diversos pontos ao longo da cerca fronteiriça. De acordo com um comunicado do exército israelense, alguns grupos atiraram pedras, queimaram pneus e lançaram artefatos explosivos contra a cerca.

No entanto, a maioria dos manifestantes se manteve longe da divisa, nas barracas dos cinco acampamentos centrais montados para as manifestações.

Seguindo as instruções do comitê organizador, que tinha pedido aos manifestantes que permanecessem longe da cerca, dezenas de pessoas com coletes laranjas se posicionaram em diversos pontos para pedir aos presentes que não seguissem mais adiante, conforme disseram à Agência Efe algumas testemunhas.

Os protestos de hoje coincidem com a presença em Gaza de uma delegação egípcia, que faz a mediação entre Israel e as facções palestinas da Faixa para evitar uma nova escalada de violência, e que hoje acompanhou o chefe do movimento islamita Hamas, Ismail Haniyeh, a monitorar a situação no terreno em um dos pontos de manifestação.

Desde o começo dos protestos, pelo menos 271 palestinos morreram por fogo israelense, 195 nas marchas e 76 em outros incidentes violentos, segundo números do escritório de assuntos humanitários da ONU nos territórios ocupados (OCHA, na sigla em inglês).

Também morreram dois militares israelenses, um durante os protestos e outro em uma operação encoberta dentro do território palestino.

Israel se mantém alerta no perímetro fronteiriço com um reforço de seu contingente militar. A nação judaica acusa o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, de instrumentalizar os protestos para cometer atentados em seu território. EFE



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